Vingadores — Guerra Infinita
Resenha por Miguel Barbieri Jr
A Marvel virou uma franquia cinematográfica tão esperta que o desfecho arrasador e surpreendente de Vingadores — Guerra Infinita é capaz de deixar os fãs salivando pela sequência, prometida para 2019. Isso tem um motivo: como os filmes dos super-heróis estão conectados, tem-se aqui a sensação de um fim de temporada de um seriado. A estratégia faz parte do espetáculo e, não à toa, atrai bilhões de espectadores. Embora sua meia hora final seja, de fato, um achado e haja mortes inesperadas, o restante não sai do lugar-comum. Uma história simples junta mais de uma dúzia de heróis para combater Thanos (Josh Brolin), o poderoso com gana de reunir os seis “cristais do infinito” para, assim, exterminar metade da humanidade. Todos marcam presença, alguns discretamente, caso do Capitão América (Chris Evans). A maior frustração: os personagens estão em núcleos separados e não se encontram. Enquanto Thor (Chris Hemsworth) se une à turma de Guardiões da Galáxia, Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) pede ajuda a Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e, por tabela, surge o novato Homem-Aranha (Tom Holland). Parece que nem todos os atores tinham agenda disponível para filmar juntos. Sai ganhando, então, quem tem mais carisma — e, nesse quesito, ninguém bate Chris Pratt e seu vintage Peter Quill. Em meio a ação e efeitos visuais genéricos, resta o já habitual humor afiado dos roteiros da Marvel. Direção: Anthony e Joe Russo (Avengers: Infinity War, EUA, 2018, 149min). 12 anos.