Velozes e Furiosos 8
https://www.youtube.com/watch?v=HOvt-bA8PMg
Inaugurada em 2001, a cinessérie Velozes e Furiosos começou exibindo rachas até hoje imbatíveis. Depois de alguns deslizes, a franquia reencontrou a boa fórmula da ação incessante (feita de deliciosas cenas absurdas) nos episódios 6 e 7 (o da despedida do ator Paul Walker, um dos protagonistas). Mas eis que, após dois filmes espetaculares, Velozes e Furiosos 8 frustra. Há dois problemas: um roteiro metido a complexo e a falta de sequências de deixar a plateia boquiaberta. A trama tem início de forma promissora em Havana com um eletrizante racha “das antigas”, proposto por Dom Toretto (Vin Diesel, no detalhe). Em seguida, ele é procurado pela misteriosa Cipher, uma ciberterrorista interpretada por Charlize Theron. Toretto vê um vídeo e, abalado, decide acompanhar a vilã em missões pelo mundo. Sua namorada (Michelle Rodriguez) e os parceiros, que não sabem o motivo da “traição”, são, então, contratados pela CIA para localizar a dupla. A trama se desloca para Nova York e a Rússia (na verdade, as filmagens da perseguição no mar congelado foram feitas na Islândia) a fim de promover duelos entre os adversários. Há momentos mornos, quase em marcha a ré, no ritmo cambaleante. Irritam, ainda, a vontade e a pretensão de dar uma cara de Missão: Impossível à história. A divertida brincadeira de amigos de antes ficou séria e, não fosse pelo bom humor e charme de Jason Statham, este oitavo capítulo seria mais sisudo. Direção: F. Gary Gray (The Fate of the Furious, EUA, 2017, 136min). 14 anos.