Star Wars — Os Últimos Jedi
Resenha por Miguel Barbieri Jr
O Despertar da Força, lançado dois anos atrás, revitalizou a cinessérie Star Wars e pode ser considerado um dos melhores filmes da saga. A expectativa em relação a Star Wars — Os Últimos Jedi era, no mínimo, que ele fosse tão bom quanto o anterior. Não é. Há raras exceções em que o miolo de uma trilogia consegue manter a qualidade (um ótimo exemplo seria O Senhor dos Anéis). Por isso, não espere a exuberância visual, a agilidade narrativa e as surpresas de O Despertar da Força. Trata-se, óbvio, de uma sequência para iniciados em Star Wars e, sobretudo, de uma continuação só para quem viu o episódio de 2015. Vem spoiler pela frente! O que o roteiro tem de melhor: Rey (Daisy Ridley) encontra Luke Skywalker (Mark Hamill) recluso numa ilha e tenta convencê-lo a se juntar aos rebeldes para combater Snoke, o Líder Supremo, e também a treiná-la como jedi. Mas Luke se recusa a fazê-lo. Nas outras pontas da história, há ação em doses comedidas e humor por vezes deslocado. A princesa Leia (Carrie Fisher), em coma após uma explosão, é substituída pela almirante Holdo (Laura Dern). Quem não gosta nadinha da mudança é o esquentado piloto Poe (Oscar Isaac). Antes muito bem aproveitado, John Boyega, no papel de Finn, tem cenas arrastadas e dispensáveis. Ah! E Kylo Ren (Adam Driver), neto de Darth Vader testado para ser um líder do lado sombrio da força, retorna sem muito peso. Em seu quarto final, porém, Os Últimos Jedi pega no tranco, traz uma ou duas surpresas, uma batalha de efeitos visuais caprichados e um confronto histórico para fã nenhum se queixar. Contudo, entre prós e contras, o saldo deixa um sabor de frustração. Direção: Rian Johnson (Star Wars: The Last Jedi, EUA, 2017, 152min). 12 anos.