Sem Fôlego
Resenha por Miguel Barbieri Jr
De Longe do Paraíso (2002) a Carol (2015), o diretor Todd Haynes ficou conhecido por filmes de visual e fotografia requintados. Sem Fôlego segue a marca registrada do realizador. Alternando imagens em preto e branco e em cores em décadas distintas, Haynes capricha em recriações de época, mas deixa a desejar em algo fundamental: um roteiro à altura de tanta beleza. Duas histórias são contadas alternadamente. Em 1927, a garota Rose (Millicent Simmonds) foge de casa para procurar sua mãe em Nova York. Cinquenta anos depois, o menino Ben (Oakes Fegley) chega a Manhattan em busca de pistas de seu pai. Seria coincidência? Dá para se envolver com as aventuras e desventuras das crianças na metrópole (e ver as mudanças radicais da cidade). Contudo, o lugar-comum vai, aos poucos, tomando conta do roteiro, desembocando num desfecho morno e previsível. Direção: Todd Haynes (Wonderstruck, EUA, 2017, 116min). 10 anos.