Relações Aparentes
- Duração: 85 minutos
- Recomendação: 10 anos
Resenha por Rafael Teixeira
Autor popular em seu país, o inglês Alan Ayckbourn tem em Relações Aparentes um dos maiores acertos de uma carreira recheada deles. Levada ao palco em 1967, a premiada comédia ficou três anos em cartaz, antes de começar a ganhar remontagens. Quase meio século depois, o texto mantém sua graça à moda antiga, mas cheia de inteligência, como se revela nesta bem-acabada produção. Encenada na cidade em 2014, a peça volta com mudanças no elenco: daquela temporada, apenas Tato Gabus Mendes permanece, ganhando a companhia de Vera Fischer, Michel Blois e Anna Sophia Folch. Na história, Greg (Blois) e Ginny (Anna Sophia) formam um jovem casal a caminho do altar. O rapaz não sabe, embora desconfie, mas a garota tem um caso com Philip (o competente Tato Gabus Mendes), sujeito mais velho e casado com Sheila (Vera). Disposta a terminar com o amante, a moça vai até a sua casa, mas é seguida pelo namorado. Essa é a deixa para uma série de impagáveis mal-entendidos, engenhosamente alinhavados pelo autor. Ciente da qualidade do texto, a direção de Ary Coslov e Edson Fieschi não inventa moda.