Pedro Coelho
Resenha por Miguel Barbieri Jr
A escritora londrina Beatrix Potter (1866-1943) criou Peter Rabbit no início do século XX, e os livrinhos ilustrados ainda são um sucesso entre a criançada inglesa. Uma versão para o cinema das aventuras do animal poderia, hoje, parecer démodée. Não é, porém, o que ocorre com Pedro Coelho, um filme adorável para a família, programa perfeito para a véspera da Páscoa. Na trama, Pedro, suas três irmãs e um primo entram em atrito com o rabugento senhor McGregor (Sam Neill). Motivo: a casa dele foi construída no terreno onde os bichinhos se alimentavam. Agora, Pedro virou um especialista em invadir a horta da propriedade para roubar cenouras, sempre com a proteção da vizinha Bea (Rose Byrne). A situação se complica quando o antipático e antissocial sobrinho de McGregor (papel de Domhnall Gleeson) passa a morar lá. A perfeita mistura de live action (filme com atores) com animação dá energia e vida à comédia, com piadas espertas e fofura irresistível. Na linha de Alvin e os Esquilos e Paddington, trata-se de uma atração para o público infantil, mas os adultos se divertem com igual prazer. Direção: Will Gluck (Peter Rabbit, Inglaterra/Austrália/EUA, 2018, 95min). Livre.