Os Incríveis 2
Resenha por Miguel Barbieri Jr
A primeira constatação sobre Os Incríveis 2: por que demoraram tanto para fazer a sequência de uma animação tão bem-sucedida? Catorze anos se passaram e, no roteiro, a vida dos personagens caminhou apenas alguns meses. Há, portanto, uma pergunta pertinente: não seria melhor, para velha e nova gerações, acompanhar a evolução temporal dos personagens? Existe, sim, uma revolução em curso e isso se torna o grande trunfo da história. Helena Pêra, a Mulher-Elástica, é a preferida de um casal de irmãos milionários que quer patrocinar suas façanhas de heroína. Assim, Beto, seu marido, ficará em casa para cuidar dos três filhos: a primogênita, Violeta, está uma “aborrescente”, o garoto Flecha anda às voltas com os problemas de matemática e o bebê, Zezé, dá sinais de incrementar seus poderes ocultos. A fórmula do original se repete, não fosse o detalhe do empoderamento feminino. Nas cenas de ação, novidades genéricas com vilões fracos. O humor vem das atrapalhadas tarefas caseiras do pai, e a estilista Edna, destaque no primeiro filme, tem participação chocha e curta. Novamente, quem rouba a cena é Zezé, um misto de anjo e diabinho, garantia de risos na plateia. Direção: Brad Bird (Incredibles 2, EUA, 2018, 118min). Livre.