O Nome da Morte
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
O Nome da Morte é inspirado no livro-reportagem do jornalista Klester Cavalcanti, que traz à cena um matador de aluguel, autor de 492 assassinatos. Mesmo com um personagem tão rico de camadas, o diretor Henrique Goldman (do bom Jean Charles) e o roteirista George Moura (Redemoinho), infelizmente, não conseguem dar a dimensão dos conflitos pelos quais ele passa. Julio — papel de Marco Pigossi (foto), em sua estreia no cinema —, um tipo matuto do interior do Tocantins, será induzido pelo tio (André Mattos) a entrar para a “polícia”. Na verdade, o rapaz cai na lábia do parente e começa a matar desconhecidos em troca de dinheiro. Cheio de incertezas quanto ao “serviço”, Julio se vê enriquecido, e sua vida toma o rumo do crime. Embora o roteiro cubra duas décadas da trajetória do pistoleiro, as transições são fracas. Por falta de tensão, também não convence a facilidade com que Julio eliminava suas vítimas. Parece que tudo foi verdade, mas, na transposição para o cinema, ficou com jeito de uma rasa ficção. Direção: Henrique Goldman (Brasil, 2017, 90min). 16 anos.