O Amante Duplo
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Um dos mais assíduos diretores franceses nas telas brasileiras, François Ozon, depois dos ótimos Uma Nova Amiga (2014) e Frantz (2016), volta com o enigmático O Amante Duplo, estrelado por Marine Vacth e Jérémie Renier. Como realizador, Ozon mantém a criatividade, mas seu roteiro exagera no “psicologismo”. Marine interpreta Chloé, jovem desempregada de 25 anos que procura ajuda para suas dores na barriga no consultório do psicólogo Paul Meyer (Jérémie). Pouco tempo depois, recebe alta e passa a namorar o terapeuta. Não demora, porém, a se envolver com o gêmeo dele, Louis, um psicanalista que adota método pouco convencional de tratamento. Os desejos femininos são registrados em narrativa envolvente, complementada com poderosas cenas de sexo. Ozon, contudo, se enrosca numa resolução de fritar os neurônios. Direção: François Ozon (L’Amant Double, França/Bélgica, 2017, 107min). 18 anos.