Nos Vemos no Paraíso
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Em 2018, o César (o Oscar francês) agraciou Albert Dupontel com dois prêmios por Nos Vemos no Paraíso: melhor direção e roteiro adaptado. Trata-se de uma ótima versão para as telas do livro homônimo, de 2013, de Pierre Lemaitre, que narra uma história de amizade entre segredos, traições e humor refinado. O nervo central é dramático. Ao fim da I Guerra, o soldado Maillard (Dupontel) consegue sobreviver com a ajuda do jovem Edouard Péricourt (Nahuel Pérez Biscayart), mas, na sequência, o colega tem o maxilar destroçado após ser atingido por uma bomba. Maillard troca a identidade dele e ambos voltam a Paris. Lá, os dois “adotam” uma órfã e passam a viver juntos, já que o amigo nunca se deu bem com o pai (Niels Arestrup), um banqueiro arrogante. Eis o ponto de partida de uma trama ambientada na década de 20, com fabulosa recriação de época e surpresas até o imprevisível desfecho. Direção: Albert Dupontel (Au Revoir Là-Haut, França/Canadá, 2017, 117min). 16 anos.