Nós
- Direção: Marcio Abreu
- Duração: 90 minutos
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Renata Magalhães
Não há cortinas para abrir. No novo espetáculo do Grupo Galpão, parte do público sobe ao palco e é logo recebida por Teuda Bara, que interpreta o clássico samba-canção Lama (de Paulo Marques e Aylce Chaves). Em seguida, os outros integrantes da trupe mineira entram em cena e todos começam a preparar uma “última sopa”. O aroma agradável espalhado pelo Teatro Sesc Ginástico é responsável por um dos sentidos instigados ao longo da peça. Aos cuidados do convidado Marcio Abreu (da premiada Krum), a direção esmerada ressalta absurdos do cotidiano através de repetições que impressionam pela sintonia perfeita, coreográfica e divertida. Enquanto dividem as tarefas domésticas, os sete personagens partilham angústias e esperanças que, logo se vê, não são só deles. Violência, intolerância e uma clara referência ao atual cenário político são discutidos ora com leveza, ora de forma contundente. A plateia tem papel importante no espetáculo: imprevistos decorrentes do contato entre atores e espectadores podem — na verdade, vão — ser aproveitados no bem executado jogo cênico.
Carnaval 2025: sambas-enredo alcançam 1 milhão de streams em uma semana
Os sabores do mundo ao toque de um botão
Cris Ferracciu, ex de Senna: “O Ayrton é muito maior do que essa série”
Confira todos os vencedores de VEJA RIO COMER & BEBER 2024
O bairro com melhor custo-benefício para quem mora de aluguel no Rio
