Mulheres Divinas
Resenha por Miguel Barbieri Jr
O direito das mulheres ao voto foi garantido no Brasil em 1932. Por incrível que pareça, isso só ocorreu na Suíça em 1971, ano em que se passa Mulheres Divinas. Embora de estrutura didática e desenrolar apressado, o filme, indicação da Suíça ao Oscar 2018, atinge o objetivo de traçar um painel da esposa submissa daquela época. A mulher em questão é Nora (Marie Leuenberger), mãe de dois meninos e casada com o gerente de uma marcenaria de um vilarejo. Como já está com os filhos crescidinhos, Nora pretende voltar a trabalhar. Mas o marido não quer, e, pela lei, ela precisa da permissão dele. Ao se interessar por feminismo e direitos igualitários, a protagonista se inteira do tema e toma a frente de um comitê para apoiar a proposta do voto feminino. Não será fácil, contudo, ganhar a adesão do conservador povo local. Direção: Petra Volpe (Die Göttliche Ordnung, Suíça, 2017, 96min). 16 anos.