Modernidades Fotográficas, 1940-1964
Resenha por Jefferson Lessa
A mostra passou por Berlim — onde estreou, em outubro de 2013 —, Lisboa, Paris e Madri. Foi considerada, pelo site Huffington Post, uma das cinco melhores exposições para visitar em 2015. Pertencente ao acervo do Instituto Moreira Salles, a coleção, com 160 itens, volta para casa: a partir de domingo (20), a sede carioca da instituição abre para visitação pública Modernidades Fotográficas, 1940-1964. Da coleção assinada por quatro autores emerge um rico panorama histórico. Marcel Gautherot (1910-1996), nascido em Paris, tinha origem operária e, ao fixar-se no Brasil, em 1940, batalhou pela formação de uma identidade nacional. O piauiense José Medeiros (1921-1990) é o fotojornalista por excelência, cria da redação de O Cruzeiro, revista na qual trabalhou por mais de quinze anos. Terceiro na lista, o húngaro Thomaz Farkas (1924-2011) chegou ao Brasil com 6 anos e tornou-se um dos principais fotógrafos da construção de Brasília (era o preferido de Oscar Niemeyer). Por último, mas não menos importante, como o visitante vai constatar, Hans Gunter Flieg, nascido em 1923, marca presença com suas imagens de traços futuristas. Vindo da Alemanha e radicado em São Paulo, ele registrou o processo de industrialização do país.