Me Chame pelo Seu Nome
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Tudo é lindo e idílico em Me Chame pelo Seu Nome — das locações em um vilarejo no norte da Itália à figura do pesquisador americano Oliver, interpretado por Armie Hammer. Igualmente bela e delicada é a relação entre o estrangeiro e Elio (Timothée Chalamet), tema principal do filme dirigido pelo italiano Luca Guadagnino, que vem faturando prêmios desde a exibição, um ano atrás, no Festival de Sundance. Inspirado no livro homônimo de André Aciman, o romance entre o rapaz de 17 anos e o bonitão de 24 demora a engrenar. Faz parte, claro, do jogo de sedução entre eles. Oliver está hospedado na casa dos pais de Elio para fazer uma pesquisa sobre arte. Fascinado pela perfeição (em todos os sentidos) do americano, Elio, aos poucos, o provoca e joga charme. Da amizade ao sexo e do sexo à paixão, os desdobramentos desse amor gay de verão passam por cenas eróticas de alta voltagem, desejos irrefreáveis e certa frustração, culminando num esclarecedor diálogo entre pai (Michael Stuhlbarg) e filho, talvez o melhor momento de uma trama encantadora. Direção: Luca Guadagnino (Call Me by Your Name, Itália/França/Brasil/EUA, 2017, 132min). 14 anos.