Marco Zero
- Duração: 75 minutos
- Recomendação: 16 anos
Resenha por Rafael Teixeira



Ainda não se completaram 24 horas desde que as torres do World Trade Center vieram abaixo e, não muito distante dali, Ben (Tárik Puggina) e Abby (Letícia Isnard) vivem o próprio drama — não tão funesto quanto o atentado, mas devastador a seu modo. Ele deveria estar no local da tragédia quando os prédios ruíram, mas escapou graças a uma visita ao apartamento dela, que é sua chefe e amante. Enquanto assiste às imagens do horror na TV, Ben traça um plano: passar-se por morto e fugir rumo a uma vida nova com Abby, abandonando a mulher e os filhos. Escrita pelo americano Neil LaBute em 2002, a peça é considerada uma das primeiras “respostas artísticas” à tragédia do 11 de Setembro, mas tem nela (acertadamente, diga-se) apenas um mote para abordar o íntimo desmoronamento de uma relação e, mais profundamente, as questões éticas que se impõem ante situações extremas. A direção de Ivan Sugahara valoriza o texto na criação de uma atmosfera algo incômoda, presente na cenografia do apartamento todo desordenado, evocando o caos da catástrofe, na luz oscilante e na direção musical repleta de ruídos. Puggina empresta apropriada aura de sujeição ao seu personagem, enquanto Letícia, em excelente atuação, domina cada nuance da mulher diante de um indizível conflito.
Roberta Sudbrack denuncia furto de ceia de Natal e prejuízo de 4 mil
O motivo da separação de Paolla Oliveira e Diogo Nogueira
Como funciona a taxa de turismo de 20 reais em Teresópolis
Doença renal crônica: doença mata 1,5 milhão ao ano no mundo
Vem muita folga por aí! A lista completa de feriados no Rio em 2026





