Ideia Fixa
- Duração: 60 minutos
- Recomendação: 12 anos
Resenha por Rafael Teixeira

Roteirista com vasta experiência na televisão e no cinema, Adriana Falcão já havia, ainda que indiretamente, dado uma contribuição e tanto à cena teatral brasileira em 2000, quando seu livro A Máquina foi transposto para o palco pelo então marido João Falcão — em montagem que revelou Wagner Moura, Lázaro Ramos e Vladimir Brichta, entre outros. Agora, ela de fato estreia como autora de teatro com a comédia Ideia Fixa. Como há quinze anos, Adriana revela aqui a sua escrita lírica, alegórica e fantasiosa. Em cena estão duas mulheres sem nome, vividas por Silvia Buarque e Guta Stresser. Conforme a peça se desenrola, o espectador descobre que elas não são exatamente pessoas de carne e osso, mas algo como as suas consciências, ambas ainda apaixonadas pelo mesmo homem que as abandonou (interpretado por Rodrigo Penna). Presas em um espaço meio onírico, elas dialogam sobre a sua situação e a possibilidade de se libertarem. A direção de Henrique Tavares tira bom proveito da estrutura lúdica e poética do texto, reforçado pelo bom entrosamento entre Silvia e Guta. A cenografia evocativa de uma sala de espera estilizada e os figurinos de época, ambos de Ronald Teixeira, revestem o espetáculo de beleza e ainda sugerem visualmente o estado de imobilidade das duas mulheres.
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