Guardiões da Galáxia Vol. 2
Em time que ganhou, não se mexeu. Após o sucesso de bilheteria, três anos atrás, de Guardiões da Galáxia, o mesmo diretor, James Gunn, retoma os personagens da Marvel numa história menos complexa, porém para iniciados, em Guardiões da Galáxia Vol. 2. Quem se envolveu com o primeiro longa-metragem pode se atirar nesta continuação. A quem torceu o nariz, vale o aviso para passar longe. Desta vez, Gunn exagera em tudo: nas atuações estridentes, nas barulhentas cenas de explosão, na trilha sonora original grandiloquente. A trama ficou simples e, por isso mesmo, mais rasa. O mote principal aqui é o encontro de Peter Quill (Chris Pratt) com seu pai, até então de identidade ignorada. Trata-se de Ego (Kurt Russell), ele próprio um planeta que leva seu nome — sim, estamos no terreno da fantasia. Outros conflitos parecem menores, como a rivalidade entre as irmãs Gamora (Zoe Saldana) e Nebulosa (Karen Gillan) e o ressurgimento de Yondu (Michael Rooker), o mercenário que criou Quill. A pergunta que só vai calar na interminável meia hora final é: quem seria o verdadeiro vilão desta história? Na embalagem técnica, encontram-se desenho de produção medonho, direção de arte de gosto duvidoso e efeitos visuais superlativos (no mau sentido). Resumo da ópera pop: uma poluição visual e sonora por vezes insuportável. Mas há uma salvação! Na derradeira sequência, embalada pela canção Father and Son, de Cat Stevens, o filme ganha uma emoção até então inexistente. Direção: James Gunn (Guardians of the Galaxy Vol. 2, EUA, 2017, 136min). 12 anos.