Rita Fernandes Por Rita Fernandes, jornalista Um olhar sobre a cultura e o carnaval carioca
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O que eu quero ainda não tem nome

Festival Multiplicidade realiza quatro dias de exibições, começando com show de Tom Zé e o que anda rolando de mais novo no mundo da música e da arte

Por Rita Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 jan 2021, 11h51
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  • “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”. A frase é de Clarice Lispector, do livro Perto do Coração Selvagem, e serviu de inspiração para o tema da 16ª edição do Festival Multiplicidade 20-21 – O que eu quero ainda não tem nome. O conceito não poderia ser mais apropriado para o momento, quando estamos perto de completar um ano da pandemia da Covid-19, mais de 200 mil mortes e a população ainda em isolamento social.

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    “Li esse livro da Clarice em 2019, antes da pandemia, o que fortaleceu ainda mais o conceito do festival. Estamos exaustos desse momento do Brasil e especialmente do Rio, sem esperanças e sem arte. Roubaram nossos sonhos, nossa imaginação e utopias”, diz Batman Zavarese, idealizador do Multiplicidade.

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    Mas, contra todas as adversidades, o festival começa hoje às 20h, com um show muito especial de Tom Zé e a exibição do mais recente trabalho de um dos principais artistas digitais da atualidade, o japonês Daito Manabe. Vai ser tudo em vídeo-mapping projetado na fachada do Museu Nacional, um dos nossos mais importantes patrimônios culturais, que em 2018 pegou fogo e foi quase totalmente destruído. Justamente pensando em ajudar o museu foi que Batman levou a abertura para aquele espaço.

    “Vamos jogar luz sobre o museu e, ao mesmo tempo, celebrar a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), gestora do espaço, que está completando 100 anos. Além disso, queremos promover uma nova campanha de arrecadação para a reconstrução do Museu Nacional”, diz.

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    “Vamos promover uma nova campanha de arrecadação para a reconstrução do Museu Nacional”, diz Zavareze.
    “Vamos promover uma nova campanha de arrecadação para a reconstrução do Museu Nacional”, diz Zavareze. (Leo Aversa/Divulgação)

    Tom Zé vem com “Tô”, “Sabor de Burrice”, “Politicar”, “Língua Brasileira”, entre outras músicas no seu repertório, além da inédita “Clarice Clariô”, em homenagem a Clarice Lispector, composta especialmente pelo artista para o Multiplicidade. Já Daito Manabe apresenta seu mais novo trabalho, Morphecore, nessa abertura do festival, uma investigação das fronteiras entre arte e ciência.

    Nos dias 22 e 23, toda a multiplicidade que o festival carrega para além do próprio nome será apresentada por treze artistas convidados, nacionais e internacionais, representantes de linguagens como cinema, VJing, música, arte digital, artes visuais, vídeo-arte, performance e xamanismo.

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    O idealizador do projeto, Batman Zavarese, se inspirou em livro de Clarice Lispector para tema da 16a edição do festival.
    O idealizador do projeto, Batman Zavarese, se inspirou em livro de Clarice Lispector para tema da 16a edição do festival. (Leo Aversa/Divulgação)

    O encerramento, no dia 24 de janeiro, será com a apresentação única do artista japonês Ryoji Ikeda, considerado um dos maiores do mundo na arte digital, que traz o premiado Data-verse 1, uma instalação exposta na última Bienal de Veneza (2019). Esse dia reforça a ideia de recomeço, englobando futuros, resistência, sobrevivência e tudo mais que ainda não tem nome.

    O público poderá acompanhar as performances nos canais do YouTube do Festival Multiplicidade e do Oi Futuro, que desde o primeiro ano patrocina o festival.

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    Rita Fernandes é jornalista, presidente da Sebastiana e pesquisadora de cultura e carnaval.

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