Extraordinário
Resenha por Miguel Barbieri Jr
É difícil encontrar alguém que não aprove uma boa história de superação, sobretudo se for no período da infância. Inspirado no best-seller de R.J. Palacio, Extraordinário tem, justamente, esse tema e o trata com uma fórmula capaz de agradar aos espectadores dos 8 aos 80 anos. O protagonista, Auggie (Jacob Tremblay), nasceu com má-formação no rosto e já passou por mais de vinte cirurgias. As cicatrizes acompanham o garoto, mas chega a hora de encarar o primeiro ano escolar. Os pais (Julia Roberts e Owen Wilson) têm dúvidas quanto ao futuro do filho no colégio. Temem o preconceito e o bullying. E é o que vai ocorrer. Embora consiga conquistar um amiguinho por causa de sua inteligência, esperteza e sensibilidade, o menino é evitado pela maioria dos alunos. O mote aqui, contudo, é dar a volta por cima — e isso, certamente, leva a plateia a sair da sessão num feliz misto de comoção e alegria. Um dos trunfos do filme está em variar o foco do roteiro. Há ainda, por exemplo, os problemas enfrentados pela irmã mais velha de Auggie (papel de Izabela Vidovic). Em atuação cativante, o ator mirim Jacob Tremblay confirma seu talento, revelado em O Quarto de Jack. Direção: Stephen Chbosky (Wonder, EUA/Hong Kong, 2017, 113min). 10 anos.