Esplendor
Resenha por Miguel Barbieri Jr
A japonesa Naomi Kawase tem uma sensibilidade no trato com os personagens, conforme demonstrou com a idosa em Sabor da Vida (2015). Igualmente afetuosa, a diretora volta à cena com Esplendor, tendo protagonistas em situações singulares. Misako (Ayame Misaki) faz transcrições em áudio de filmes exibidos para cegos. Um dos colaboradores que testam o resultado é o fotógrafo Masaya (Masatoshi Nagase). Por estar perdendo a visão, ele virou um cara amargo e resmungão. O encontro entre os personagens oferece à plateia uma reflexão sobre o poder (ou não) das imagens, já que Naomi teve a ideia de realizar Esplendor após observar a audiodescrição feita para um de seus trabalhos. Direção: Naomi Kawase (Hikari, Japão/França, 2017, 101min). 10 anos.