Entre-Laços
Resenha por Miguel Barbieri Jr
https://www.youtube.com/watch?v=f0I5DHWIh7o
Tomo (Rin Kakihara) tem 11 anos e evita até conversar com um coleguinha afeminado. Mas suas ideias preconceituosas vão passar por uma grande transformação após ela ser abandonada pela mãe. Sozinha em casa, a garota pede abrigo ao tio (Kenta Kiritani), funcionário de uma livraria e companheiro de Rinko (Tôma Ikuta), uma enfermeira transexual. A princípio, Tomo recusa qualquer tipo de contato com Rinko. Aos poucos, porém, percebe que, além de ótima cozinheira, ela é afetuosa e pode ser uma substituta materna. Entre-Laços levou o Teddy Award, prêmio destinado a filmes de conteúdo LGBT do Festival de Berlim, em 2017. Sob o ponto de vista da excelente protagonista mirim, o tema ganha tratamento direto e carinhoso da diretora Naoko Ogigami. Os conflitos são um pouco amenos, mas o roteiro tem um trunfo na maneira quase didática da aceitação do “estranho” na sociedade oriental. Direção: Naoko Ogigami (Karera ga Honki de Amu Toki Wa, Japão, 2017, 127min). 16 anos.