Entre Irmãs
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Lançado pela editora Arqueiro, o livro (antes chamado A Costureira e o Cangaceiro) de Frances de Pontes Peebles tem 572 páginas e foi transformado no filme Entre Irmãs, com quase três horas de duração. O longo tempo mostra-se necessário para contar, em estilo épico, uma história de duas irmãs, entre as décadas de 20 e 30. Órfãs criadas pela tia desde a infância no sertão de Pernambuco, Emília e Luzia (Marjorie Estiano e Nanda Costa, na foto) são separadas já adultas. Enquanto a amarga Luzia é obrigada a seguir um bando de cangaceiros, a doce Emília aceita o pedido de casamento do almofadinha Degas (Rômulo Estrela) e muda-se para o Recife. Embalado por trilha sonora pomposa, o drama tem traições, desencontros, conflitos íntimos, tragédias e até romances homossexuais. O elenco, que inclui o ótimo Julio Machado (na pele do cangaceiro Carcará), brilha sob a direção inspirada de Breno Silveira num novelão sem medo de emocionar. Direção: Breno Silveira (Brasil, 2017, 166min). 12 anos.