Desobediência
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Desobediência é o primeiro trabalho em língua inglesa do diretor chileno Sebastián Lelio, vencedor do Oscar 2018 de filme estrangeiro por Uma Mulher Fantástica. A trama busca a polêmica por meio de um triângulo amoroso. Ronit (Rachel Weisz), fotógrafa que mora em Nova York, volta para Londres, após muitos anos, para o enterro do pai. Lá, reencontra duas pessoas importantes: o amigo Dovid (Alessandro Nivola) e Esti (Rachel McAdams), uma antiga paixão. Eles agora estão casados e Dovid vai assumir o posto de rabino na sinagoga. As mulheres, às escondidas, têm encontros calorosos. O israelense Pecados da Carne (2009) tinha quase o mesmo ponto de partida, só que com um par masculino. Esta versão feminina de um relacionamento homossexual numa comunidade judaica traz uma cena quente entre as atrizes, mas há pouca profundidade na abordagem. Com encaminhamento ameno e desfecho que prega a tolerância, o roteiro mira no ativismo, deixando de escanteio a triste realidade. Direção: Sebastián Lelio (Disobedience, Inglaterra/Irlanda/EUA, 2017, 114min). 14 anos.