Desejo de Matar
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Desejo de Matar, de 1974, já não era um filme de qualidades, mas, sucesso de bilheteria, teve quatro sequências e recuperou a carreira de Charles Bronson. O novo Desejo de Matar não deve trilhar o mesmo caminho. Tão canastrão quanto Bronson, Bruce Willis protagoniza um remake questionável, sobretudo quando há campanhas nos Estados Unidos a favor do desarmamento. Os tempos mudaram e o roteiro… continua quase o mesmo. Willis interpreta Paul Kersey, cirurgião que sofre uma tragédia. Bandidos invadem sua residência, matam sua esposa, e sua filha, gravemente ferida, entra em coma. Uma vez que a polícia não tem pista dos assassinos, o médico decide fazer justiça com as próprias mãos. Compra um revólver e, encapuzado, vira um matador de criminosos em Chicago. A imprensa se divide quanto à atitude do misterioso “super-herói”. A ideia é promover uma catarse no espectador, inconformado, como o protagonista, com a ineficiência investigativa. Fica difícil, contudo, sensibilizar-se com o drama do personagem. Direção: Eli Roth (Death Wish, EUA, 2018, 107min). 18 anos.