Boneco de Neve
Resenha por Miguel Barbieri Jr
O diretor sueco Tomas Alfredson foi revelado no instigante Deixa Ela Entrar, de 2008, e, três anos depois, comandou seu primeiro longa falado em inglês, O Espião que Sabia Demais. Seu bom currículo no cinema indicava, ao menos, uma adaptação decente de Boneco de Neve, extraído do livro homônimo do norueguês Jo Nesbo. Mas o resultado é confuso, extenso e, pior, não há tensão nem grandes surpresas. Também em inglês, o novo trabalho, todo ambientado na Noruega, tem o astro Michael Fassbender liderando o elenco. Ele interpreta Harry Hole, um policial de Oslo que caiu em desgraça por causa do alcoolismo, que o fez abandonar a mulher (Charlotte Gainsbourg) e o filho adolescente. Mas ele volta à ativa para ajudar uma detetive (papel de Rebecca Ferguson) vinda da cidade de Bergen à procura de mulheres desaparecidas. Em comum há o fato de as vítimas serem mães e separadas do marido. Até a improvável e frouxa conclusão, o roteiro dá tolas pistas falsas para chegar ao criminoso. Alfredson, contudo, sabe bem aproveitar as paisagens do inverno norueguês. Direção: Tomas Alfredson (The Snowman, EUA/Inglaterra/Suécia, 2017, 119min). 16 anos.
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