Bingo — O Rei das Manhãs
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Premiado montador de Cidade de Deus, Tropa de Elite e RoboCop, Daniel Rezende estreia como diretor de longa-metragem em um trabalho primoroso. Com roteiro redondinho de Luiz Bolognesi e refinadíssima recriação de época, Bingo — O Rei das Manhãs enfoca a trepidante trajetória de Arlindo Barreto, hoje com 64 anos. Filho da atriz e jurada de calouros Márcia de Windsor (interpretada por Ana Lúcia Torre), Barreto foi ator de pornochanchadas e teve um filho com uma atriz de telenovelas. Pai sempre presente, tomou uma decisão arriscada ao fazer um teste, no SBT, para interpretar o palhaço Bozo (aqui trocado por Bingo), no início da década de 80. Fez sucesso. O vício em cocaína e as baladas, contudo, o levaram para outros caminhos. Mesmo sem dar nome aos “bois”, a trama traz à cena personagens reais (como a cantora Gretchen) envolvidos em situações polêmicas. O êxito está em dois lados: na sinceridade como a história é contada e na realização esfuziante de Rezende. Na pele do protagonista, um inquieto Vladimir Brichta (na foto) encontra seu melhor papel no cinema. Direção: Daniel Rezende (Brasil, 2017, 113min). 16 anos. M.B.Jr.
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