Beleza Oculta
O Framboesa de Ouro, “premiação” aos piores do cinema, foi implacável (e certeiro) e o “elenco então respeitável” do drama Beleza Oculta foi indicado. O casting está à mercê de um roteiro piegas feito de diálogos por vezes constrangedores e, para piorar, a história pisa fundo na tragédia pessoal para, no desfecho “surpreendente”, levar o espectador às lágrimas. Não consegue. Smith interpreta o dono de uma agência de publicidade em Nova York que, três anos após perder a filha, encontra-se num impasse emocional. Ele abandonou o emprego, a esposa, os amigos e dificilmente se comunica com alguém. Seu sócio (Edward Norton) e dois antigos funcionários (Kate Winslet e Michael Peña) querem afastá-lo no cargo mas, para isso, precisam provar sua incapacidade administrativa. Encontram, então, uma saída: contratar três atores para conversar com ele como se eles fossem a materialização da Morte (Helen Mirren), do Tempo (Jacob Latimore) e do Amor (Keira Knightley). Direção: David Frankel (Collateral Beauty, EUA, 2016, 97min). 10 anos.