Atômica
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
https://www.youtube.com/watch?v=Jc0_8kW8IGA
Vencedora de um Oscar pelo drama Monster, de 2003, Charlize Theron (foto) chutou a porta ao decidir se reinventar como uma heroína de ação. Sorte de Hollywood. Se a Furiosa de Mad Max — Estrada da Fúria, de 2015, deixou marmanjos comendo poeira, agora a estrela sul-africana de 42 anos confirma a metamorfose em Atômica. Ambientado no apagar das luzes da Guerra Fria, o thriller sangrento de espionagem a transforma numa femme fatale cruel, sedutora e, quando parte para a pancadaria, implacável. Em resumo: Lorraine Broughton sai-se como uma versão atualíssima para o padrão de agente secreto consagrado por 007. Nascida na HQ A Cidade Mais Fria (publicada no Brasil pela Darkside), a espiã inglesa tem a missão de reaver uma lista valiosa com nomes de traidores, em Berlim. A trama confusa, daquelas repletas de reviravoltas ilógicas, serve de pretexto para um desfile de coadjuvantes maluquinhos e esquecíveis. Felizmente, o cineasta David Leitch (codiretor do ágil De Volta ao Jogo) abusa da energia em sequências de perseguição em alta voltagem, aditivadas por uma trilha inebriante de hits dos anos 80. Com Charlize no comando, o passatempo decola. Direção: David Leitch (Atomic Blonde, EUA/Alemanha/Suécia, 2017, 115min). 16 anos.