A Noite Devorou o Mundo
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Não espere de A Noite Devorou o Mundo um filme de zumbis no formato de A Noite dos Mortos-Vivos ou Madrugada dos Mortos. Trata-se, sobretudo, de um drama silencioso sobre solidão, medo, isolamento e como tudo isso provoca uma convulsão psicológica no protagonista. Ele é o músico Sam (o norueguês Anders Danielsen Lie, na foto acima), que volta ao apartamento da ex-namorada para buscar umas fitas cassete, adormece e, no dia seguinte, se espanta ao ver sangue pelas paredes, cadáveres pelo chão e Paris tomada por mortos-vivos. Em vez de buscar ajuda, Sam decide sobreviver sozinho no edifício. O que se tem aqui é um terror muito atípico, mas cuja originalidade está, justamente, em desconstruir o gênero. Direção: Dominique Rocher (La Nuit A Dévoré le Monde, França, 2018, 93min). 16 anos.