A Grande Jogada
Resenha por Miguel Barbieri Jr
Em 2011, Aaron Sorkin ganhou o Oscar de melhor roteiro adaptado por A Rede Social e volta à competição neste ano na mesma categoria. É a única indicação de A Grande Jogada, o que comprova o prestígio de Sorkin, estreante na direção. O longa-metragem foi baseado no livro autobiográfico de Molly Bloom, interpretada por Jessica Chastain. Esquiadora olímpica, Molly sofreu um acidente e passou a ser secretária. Não demorou para assumir o risco e entrar no mesmo negócio do patrão, comandando jogos de pôquer clandestinos para ricos e famosos. Presa em 2013, contratou um experiente advogado (Idris Elba) para defendê-la. Os diálogos e a ação nos roteiros de Sorkin são ágeis e, por vezes, tumultuam a narrativa. Cheia de idas e vindas e conflitos dispensáveis (como o traumático relacionamento de Molly com o pai), a história traz à tona uma mulher empoderada cercada de “tubarões”, personagem simbólica para os dias de hoje. Direção: Aaron Sorkin (Molly’s Game, EUA/China/Canadá, 2017, 140min). 14 anos.