23º Anima Mundi – Festival Internacional de Animação do Brasil

Veja Rio:
  • País: Brasil
  • Ano: 2015

Resenha por Pedro Tinoco

Na 23ª edição, o segundo maior festival de animação do planeta — atrás de seu par na cidade francesa de Annecy — está de casa nova. Depois de apertar multidões no CCBB e na Fundição Progresso, o Anima Mundi ocupa as monumentais dependências da Cidade das Artes de sexta (10) ao dia 15.
A programação espalha-se ainda pelas telas do Odeon, do Oi Futuro Ipanema, do Auditório do BNDES e do Ponto Cine, mas o Q.G. na Barra tem tudo para fervilhar como um point. Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, os curadores, assistiram a mais de 1 600 filmes para escolher 450. São produções variadas de quarenta países, da França à Moldávia, passando por Brasil, Estados Unidos e Irã. Entre os oito longas, há inéditos por aqui, como Shaun, the Sheep, da produtora inglesa Aardman, O Pequeno Príncipe, representante francês elogiado no último Festival de Cannes, e o belga Song of the Sea, indicado ao Oscar neste ano. Os três serão exibidos na Cidade das Artes, respectivamente no domingo (12), às 18h, no mesmo dia, às 20h, e no sábado (11), às 20h. Um mundo, a ala dos curtas é repleta de surpresas. Parte da graça está em descobri-las, mas algumas dicas podem ser bem-vindas. Da Alemanha, Quem Vai Pagar a Conta? é um primor de síntese. Na ácida parábola de quatro minutos, leão, leoa, hiena, abutre e uma triste zebra, reunidos em um debate televisivo, mostram como pode ser injusta a vida na selva (e fora dela). O filme tem sessões às 21h na sexta (10), na Cidade das Artes, e no domingo (12), no Odeon. Luma, israelense, trata de conectividade, assunto bastante presente nesta edição. Atração no Oi Futuro, na sexta (10), às 20h, e na Cidade das Artes, no dia seguinte, às 22h30, a trama triste de traço simples mostra como a menina do título disputa a atenção dos pais com gadgets como o laptop e o game. Também da Alemanha, Dissonance, de Till Nowak, é uma das obras mais perturbadoras da seleção. Cenários reais e virtuais, atores e computação gráfica fundem-se na triste história do pianista mergulhado em devaneios  profundos e problemas familiares. O filme, exibido em fevereiro no Festival de Berlim, passa na sexta (10), às 17h, na Cidade das Artes, e no sábado (11), às 21h, no Odeon. Outra pepita de 2015, Chase Me será visto na sexta (10), às 17h, no Odeon. A produção francesa alia técnicas de computação gráfica e stop-motion a bonecos criados com impressora 3D. O resultado é de fazer cair o queixo.
Confira a programação completa em abr.ai/anima-2015

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