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Arte contemporânea do Reino Saudita e mais 5 novas exposições no Rio

No clima do G20, Museu de Arte do Rio (MAR) abre a coletiva ATLÂNTICOFLORESTA

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 19 nov 2024, 18h56 - Publicado em 18 nov 2024, 19h11
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Iluminações Poéticas: obra de Shadia Alem está na coletiva com obras contemporâneas sauditas no Paço (./Divulgação)
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Numa semana com tantos feriados, vale a pena conferir o que há de novo nos museus e galerias da cidade. Grande parte das novas mostras é gratuita. Confira, abaixo, as opções.

Iluminações Poéticas. 

Em cartaz no Paço Imperial, a exposição apresenta ao público brasileiro trabalhos de alguns dos artistas contemporâneos mais representativos da Arábia Saudita. O objetivo da coletiva é impulsionar um entendimento global sobre a evolução do panorama artístico no reino saudita. Após sua estreia no Brasil, a mostra fará uma turnê mundial, que começa em 2025, no Museu Nacional da China, em Pequim.

A curadoria de Diana Wechsler busca iluminar, simbolicamente, aspectos do mundo e das realidades contemporâneas. As 25 obras de 17 artistas sauditas têm profundas raízes na história, na simbologia, na memória e na tradição cultural do país – além de questões que envolvem consciência ambiental, origens e identidade. A diversidade de estratégias visuais e materiais, somadas à visão particular de cada artista, moldam uma cultura visual contemporânea e complexa, que reflete uma matriz cultural comum.

Paço Imperial. Praça Quinze de Novembro, 48, Centro. Ter a dom., 12h/18h. Grátis. Até 12 de janeiro. 

+ U20: prefeitos de potências mundiais se unem contra a crise climática

Rota do Chá – Botânica, Cultura e Tradição.

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Rota do Chá: exposição gratuita no Jardim Botânico (RobertS/Divulgação)

Na recém-reformada Casa Pacheco Leão, que fica dentro do Jardim Botânico, a mostra traça a história do chá desde suas origens ancestrais na China até a disseminação global, com destaque para os rituais, as artes e a evolução social, associados à sua produção e consumo. Uma coleção de louças de porcelana e prata usadas para o consumo de chá de doze países e estilos diferentes, desde o século XVIII, introduzem o público no universo do chá.

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Além disso, uma instalação artística leva o visitante a refletir, de forma lúdica, sobre questões relacionadas a ciência e meio ambiente, apresenta dados sobre o cultivo e o impacto das mudanças climáticas na cadeia produtiva do chá. Já na sala “Serviços do Chá”, o público faz uma viagem afetiva sobre os rituais relacionados à bebida, com mais de 100 peças expostas de épocas, estilos e procedências variadas e, na Sala Sensorial, os visitantes são convidados a perceber as diferenças entre os vários tipos originais de chá, pela sutilezas de cheiro, cor e textura das seis categorias originais da China.

A Dellarte Soluções Culturais é responsável pelas obras de manutenção e restauração do prédio histórico e também pela exposição, cuja curadoria é de Alexandre Murucci.

Casa Pacheco Leão – Jardim Botânico. Rua Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico. Qui. a ter., 10h/17h. Grátis, com retirada de ingressos pelo site. Abertura em 21 de novembro. Até agosto de 2025. 

ATLÂNTICOFLORESTA.

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MoaraTupinamba: obra de artista indígena integra exposição no MAR (./Divulgação)

Com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Thayná Trindade e Jean Carlos Azuos, a nova exposição do Museu de Arte do Rio reúne obras de importantes artistas brasileiros, colocando-as em diálogo com as imagens fabulares da afro-diáspora e das expressões visuais dos povos originários. Ao cruzar fronteiras culturais e narrativas ancestrais, a mostra exalta a riqueza do país assim como a necessidade de resistência das identidades que moldam o Brasil.

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A histórica relação com o oceano Atlântico e a floresta Amazônica, as causas vinculadas às questões da terra como resistência e protesto e a celebração da cultura dos povos afro-brasileiros e indígenas são os temas das narrativas que chegam ao mais carioca dos museus. A mostra é uma ampliação e um desdobramento da exposição Atlântico Vermelho, inaugurada em abri, em Genebra, na Suíça, no Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU, considerado o evento mais importante das Nações Unidas sobre a questão étnico-racial.

Cerca de 160 obras, entre pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, manufaturas têxteis e vídeos estarão na mostra, mais de 90% delas fazem parte da Coleção MAR. Entre os artistas que participam da coletiva estão Rosana Paulino, Jaime Lauriano, Jaider Esbell, Lidia Lisboa, Denilson Baniwa, Ayrson Heráclito, Nádia Taquary, Xadalu Jekupé Tupã, Dalton Paula, Menegildo Isaka Huin Kuin, André Vargas, Maré de Mattos, Grupo Karajá, Yhuri Cruz, Gustavo Caboco, Ventura Profana, entre outros.

MAR. Praça Mauá, 5, Centro. Ter. a dom., 11h/18h. R$ 20,00. Abertura em 19 de novembro. Até 25 de fevereiro de 2025.

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D’Âmes et d’ Yeux.

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Tessa Sustrac: pinturas inspiradas em mulheres que cruzam o caminho da artista (./Divulgação)

A artista francesa Tessa Sustrac viaja o mundo retratando mulheres e contando histórias por trás de seus rostos. Viajar sempre foi uma grande fonte de inspiração para a artista. Em 2022, ela veio ao Brasil em busca de criatividade e isso a inspirou a contar as histórias dos rostos, dos olhares, das rugas dessas mulheres, mais particularmente das que cruzam seu caminho.

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O trabalho é inspirado em artistas como Gauguin, Titouan Lamazou, Monique Cras, Stéphanie Ledoux e Sebastien Salgado.

Galeria Dobra. 2º andar da Fábrica Bhering. Rua Orestes, 28, Santo Cristo. Qui. a sáb., 11h/17h. Grátis. Até 30 de novembro. 

+ O que é a Aliança Global Contra a Fome, prioridade brasileira no G20

Mãos que Criam – Artesanato e Representatividade.

O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab) revisitou seu acervo para apresentar ao público a mostra que reúne vinte obras de seis artesãos negros. A exposição ocupa a entrada do Crab durante todo mês de novembro, em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quarta (20).

As peças são de Maria Cícera, João das Alagoas, Dona Irinéia, Beto Pezão, Maria da Cruz e Mestre Domingos do Congo. O espaço pretende que seus visitantes reflitam sobre nossas raízes culturais através do artesanato brasileiro. A curadoria é de Victor Glicério.

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Praça Tiradentes, 69, Centro. Ter. a sáb., 10h/17h. Grátis. Até 30 de novembro. 

Corte Construção. 

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Jan Kaláb: momento conceitual, inspirado na arquitetura (./Divulgação)

Após dois anos sem expor no país, o artista checo Jan Kaláb retorna à Galeria Movimento com mais de vinte obras inéditas. Nessa exposição, suas já conhecidas cores vibrantes e formas orgânicas dão lugar a traços inspirados na arquitetura, em preto e branco ou em cores primárias como azul e vermelho, representando um momento mais conceitual de sua carreira.

Inspirado no gesto primário da obra de Lucio Fontana e no Rio de Janeiro, Kaláb explora a relação entre forma, sombra e espaço, utilizando técnicas de corte e construção e criando instalações tridimensionais que desafiam a percepção do espectador.

Galeria Movimento. Rua dos Oitis, 15, Gávea. Ter. a sex., 11h/19h. Sáb., 13h/17h. Grátis. Até 14 de dezembro. 

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G20: O Futuro Pelo Olhar dos Jovens.

Até a próxima quinta (21), a edtech Edify Education ocupa os corredores no Shopping Leblon, com recado de vinte jovens brasileiros aos líderes do mundo. A mostra faz parte do projeto Empatia 2024, uma iniciativa da Edify, suas escolas parceiras e da ONG Engajamundo, que promove a simulação da Cúpula do G20, em inglês, por estudantes de todo o Brasil.

Totens espalhados pelo shopping exibem frases e fotos de 20 adolescentes, de 12 a 18 anos, com recados direcionados aos líderes globais do G20 sobre questões climáticas. A ideia é dar visibilidade às preocupações da nova geração sobre o meio ambiente, destacando sua voz em um momento crucial para o futuro do planeta.

Shopping Leblon. Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon. 10h/22h. Grátis. Até 24 de novembro.

Bônus:

No próximo sábado (23), às 16h30, os artistas Ana Paula Alves, Raphael Medeiros e Maxwell Alexandre participam de uma roda de conversa com o curador Victor Gorgulho sobre a exposição Mentira Também É Caminho, de Raphael Medeiros. No Centro Cultural dos Correios. A participação é gratuita e por ordem de chegada.

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