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Simplesmente complicado

Em cartaz no Teatro Sesi, Caixa de Areia é vítima da ambição desmedida de seu autor

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 14h52 - Publicado em 25 mar 2013, 15h46

AVALIAÇÃO ✪

Em 2011, Jô Bilac ganhou o Prêmio Shell de melhor autor por Savana Glacial, montado no ano anterior. O texto foi o primeiro de uma trilogia integrada por Popcorn, Qualquer Semelhança Não É Mera Coincidência, de 2012, e Caixa de Areia, em cartaz no Teatro Sesi. Dirigida por Bilac e Sandro Pamponet (eles bisam a parceria do espetáculo anterior), a peça evoca questões ligadas ao teatro e, de forma mais ampla, à arte ? com especial atenção ao papel da crítica.

Na história, a crítica de arte Ana (Cris Larin) volta ao apartamento onde morou na infância depois que a inquilina se matou pulando da janela. A partir daí, começa a reavaliar a própria vida. Personagens relacionados a ela de alguma forma vão aparecendo: uma versão mais jovem da própria Ana (Júlia Marini), seu falecido marido (Jaderson Fialho), sua mãe (Taís Araújo) e seu pai (Luiz Henrique Nogueira). Na ambição desmedida do texto reside o impasse. A narrativa busca abarcar temas tão amplos quanto arte, trabalho, casamento, infância, família e morte. Cronologia estilhaçada, mistura de ficção e realidade e o abuso da metalinguagem dificultam ainda mais a compreensão de uma trama que, muitas vezes, parece um jorro de reflexões pretensiosas. O belo cenário de Flavio Graff e as interpretações afiadas são pontos positivos, mas acabam, infelizmente, obscurecidos pelo hermetismo do texto.

Caixa de Areia (70min). 14 anos. Estreou em 7/3/2013. Teatro Sesi (350 lugares). Avenida Graça Aranha, 1, Centro, ☎ 2563-4163. → Quinta a sábado, 19h30. R$ 40,00. Bilheteria: a partir das 12h (qui. a sáb.). TT. Até 27 de abril.

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