VEJA RIO acompanhou a final de vôlei de praia ao lado da mãe da jogadora Ágatha

Vibramos, torcemos e gritamos juntos na noite desta quarta (17): assista ao vídeo no final da matéria. Parabéns pela prata, Ágatha e Bárbara!

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 dez 2016, 11h08 - Publicado em 18 ago 2016, 23h01
Dona Zeca, mãe da jogadora de vôlei de praia Àgatha, na final Brasil x Alemanha: “A gente, como mãe, sofre mais do que o próprio atleta”
Dona Zeca, mãe da jogadora de vôlei de praia Àgatha, na final Brasil x Alemanha: “A gente, como mãe, sofre mais do que o próprio atleta” (Maria De La Gala/)
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Era pouco mais de onze da noite desta quarta (17) quando Maria José, a Dona Zeca, chegou esbaforida à Arena de Vôlei de Praia, em Copacabana, acompanhada de parentes e amigos para assistir à final feminina da modalidade (Brasil x Alemanha). “Viemos direto do bar, onde estávamos fazendo um esquenta, e voltaremos para lá depois do jogo, para comemorar”, disse a paranaense enquanto secava o suor do rosto. O entusiasmo era típico de torcedor brasileiro assistindo seu país disputar a medalha de ouro olímpica pela primeira vez em casa, mas Dona Zeca e sua turma, cerca de dez pessoas, não eram torcedores quaisquer. Nas costas da camiseta de Maria José liam-se três palavras que entregavam o jogo: “mãe de atleta”. Foi bem ao lado dela, na arquibancada, que VEJA RIO acompanhou a partida decisiva de sua filha, Ágatha Bednarczuk, e da parceira de quadra Bárbara Seixas, contra a dupla alemã (assista ao vídeo no final da página).

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De batom rosa choque nos lábios e bandeira do Brasil na mão, Dona Zeca não quis saber de assento marcado. Ela fez questão de assistir à partida do mesmo ponto onde vinha assistindo a todos os jogos da filha até então nesta Olimpíada. “Tenho meu lugar da sorte”, cochichou. Bem que tentaram tirá-la (e sua trupe) da fileira errada, mas bastou explicar que era mãe da brasileira Ágatha para conquistar na base do jeitinho o direito de sentar no lugar de outra pessoa. Curiosamente, a matriarca não estava nervosa: “A semifinal com os Estados Unidos, para mim, já valeu o ouro. Eu já roí todas as minhas unhas lá”, explicou com um sorriso de canto a canto da boca. Enquanto o jogo não começava, aproveitou até para trocar pins olímpicos com uma torcedora estrangeira, sentada ali perto, que estava colecionando bottons dos Jogos.

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À 00h15, quando Brasil e Alemanha entraram em campo, todos os olhares e orações daquele grupo, que vestia a mesma camiseta estampada com uma foto da dupla Ágatha e Bárbara, se voltaram para “Agathinha”, apelido carinhoso da jogadora. O pai, Alfredo, também estava presente, mas em outra parte da arena (provavelmente no lugar certo). Dona Zeca gritava, pulava, aplaudia, se contorcia na cadeira e, aos gritos de “Vamos, filha!”, “Dá uma p****** nessa bola!” e “Vai, Agathinha!”, tratava de estimular a filhota. “A gente, como mãe, sofre mais do que o próprio atleta”, desabafou.

No final, não deu para as brasileiras, que acabaram perdendo a partida e levando prata. Para Dona Zeca, no entanto, o resultado não poderia ter sido melhor: “Não importa a cor da medalha, ela é uma campeã. Não tem como eu ficar mais orgulhosa”. Devota de Nossa Senhora, a mãezona vai rezar agora pelas próximas vitórias de Ágatha, ampará-la nas derrotas e encorajá-la a seguir em frente com o sonho que nutre desde criança – ser jogadora de vôlei. Além, é claro, de catimbar a Alemanha. “A seleção deles vai jogar contra o Brasil na final do futebol masculino, né? Vou secá-la em dobro”, diverte-se.

Assista a seguir às emoções de Dona Zeca na final Brasil x Alemanha do vôlei de praia. Agradecimento: Procter & Gamble.

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