Três perguntas para Silvero Pereira
Depois do sucesso como Nonato/Elis Miranda na novela A Força do Querer, o ator reestreia BR-TRANS no Teatro Maria Clara Machado
O que muda, após a experiência na TV, nesta volta ao espetáculo que lhe deu tanto reconhecimento?
É um retorno para casa. Gloria Perez fez o convite quando me viu em BR-TRANS. Encerrar a novela estando em cartaz é como voltar para meu porto seguro. A Elis Miranda deixa o horário nobre, mas continua existindo nas histórias que apresento no palco, de Gisele Almodóvar e de tantas outras personagens que cruzaram meu caminho e me transformaram.
Como tem sido a reação das pessoas nas ruas?
Como dizia a Rogéria, sou geminiano com ascendente em Leão! Sou muito forte e, assim como acontecia com ela, as pessoas têm medo de me agredir. No início até tentavam pelas redes sociais, mas perceberam que eu não dava bola. Costumo ser abordado na rua por quem enxerga a personagem em sua essência doce e carinhosa, conversa e pede para tirar foto. Isso demonstra que a história na TV tem atingido o coração das pessoas.
Qual mensagem você quer passar com seu trabalho?
O Brasil é um país atrasado, que sempre fingiu democracia e liberdade. As políticas públicas não estão de acordo com o que se prega de igualdade, e, felizmente, a arte é uma das maiores armas que nós temos para fazer frente a todo tipo de preconceito. Parece clichê, mas minha mensagem é que precisamos colocar a cara no sol! Mostrar que nós, oprimidos, seja pelo que for, não somos minoria. Só unidos conseguiremos alguma mudança.