Três perguntas para Camila Pitanga
A atriz integra o elenco de O Duelo, adaptação de novela do russo Anton Tchekov, que tem estreia marcada para quinta (6) no Espaço Tom Jobim
Sua última atuação no teatro foi há quase dez anos. Por que esse intervalo longo?
Nem eu sei direito. Vinha me dedicando muito ao cinema, à TV, tive uma filha. Acho que estava procurando uma turma bacana, um projeto no qual resolvesse mergulhar fundo, como está acontecendo agora. Teatro requer 100% de dedicação.
A preparação do elenco para O Duelo se deu no sertão do Ceará. Como foi a experiência?
Foi extraordinária. A peça se passa na região do Cáucaso, em um calor infernal, longe das grandes metrópoles. Então, quisemos sair da zona de conforto e nos espelhar na cultura do sertão. É um lugar sem teatro, mas com um folclore rico, pouco desbravado no Rio e em São Paulo. Ficamos 45 dias em três cidades diferentes, moramos em casas de famílias locais, ministramos oficinas. Houve uma troca muito interessante.
Você tem uma carreira diversificada, com atuação em cinema, na TV e no teatro. Qual sua prioridade?
Na verdade, eles se complementam. O que conta é com quem se está trabalhando. Mas, para a investigação do ofício de ator, o teatro é o terreno mais fértil. E essa busca não se esgota na estreia. Ao longo da temporada, você ainda vai maturando o trabalho.