Direto do túnel do tempo
The Cure promete três horas de apresentação para compensar dezessete anos longe da cidade
Olhos marcados de preto, batom vermelho e cabelos desgrenhados faziam todo o sentido na cena pós-punk de 1979, quando Robert Smith apareceu no The Cure. Com o mesmo visual soturno, o cantor e guitarrista segue à frente da banda inglesa há mais de três décadas. Após dezessete anos sem visitar a América Latina ? a última apresentação carioca foi na Praça da Apoteose, em 1996 ?, o grupo começa o braço brasileiro de sua turnê pelo HSBC Arena, na quinta (4). Depois é a vez de São Paulo, além das capitais de Paraguai, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
Smith hoje divide os trabalhos com Jason Cooper (bateria), Roger O?Donnell (teclado), Simon Gallup (baixo) e Reeves Gabrels (guitarra). Sua figura teatral, aliada a composições entre o romântico e o melancólico, resultou em hits que marcaram os anos 80. No período foram gravados sete dos treze discos do grupo. No embalo da reedição de Desintegration, álbum de 1989 que ganhou versão deluxe três anos atrás, Smith promete passar mais de três horas em ação no palco. Entre as quarenta canções previstas estão garantidas Lovesong, Friday I?m in Love, In Between Days, Lullaby e Just Like Heaven, além do hino Boys Don?t Cry. Faixas do último CD, 4:13 Dream, de 2008, devem emprestar alguma atualidade à esperada sessão nostalgia.
The Cure. 16 anos. HSBC Arena (10?000 lugares). Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401, Jacarepaguá, ☎ 3035-5200. Quinta (4), 20h30. R$ 200,00 (nível 3) a R$ 600,00 (camarote e pista premier). Cc: todos. Bilheteria: 10h/18h (seg. a qua.); a partir das 10h (qui.). Estac. (R$ 15,00). https://www.livepass.com.br. https://www.hsbcarena.com.br.