Sergio Fingermann
Em exibição no Museu Nacional de Belas Artes estão treze óleoscom o mesmo nome da mostra, Se Noite Fosse Água - Sequências, distintos apenas na numeração
AVALIAÇÃO ✪✪✪
Em um dos versos da primeira estrofe de A Meditação sobre o Tietê, o autor modernista Mário de Andrade (1893-1945) escreveu sobre “o peito do rio, que é como se a noite fosse água”. O tom algo enigmático do trecho parece impregnar também os trabalhos de Se Noite Fosse Água – Sequências, individual do paulistano Sergio Fingermann batizada sob inspiração do poema. Em exibição no Museu Nacional de Belas Artes estão treze óleos (entre trabalhos individuais, trípticos e um políptico) com o mesmo nome da mostra, distintos apenas na numeração. Em boa parte deles sobressai um acentuado contraste entre claro e escuro, presente no trabalho de Fingermann desde o início de sua carreira, quando o artista se dedicava essencialmente à gravura. Por vezes, há figuras reconhecíveis, ainda que envoltas em certa aura de mistério, como as silhuetas humanas do imponente políptico de mais de 2 metros de altura, postado de frente para a entrada do salão. Em outras criações, abre-se espaço para a imaginação do visitante especular sobre grafismos abstratos. Mais três séries, duas delas com interferências de pinturas sobre impressões em papel (e uma delas também batizada com o nome da exposição), completam o acervo apresentado.
Museu Nacional de Belas Artes. Avenida Rio Branco, 199, Centro, ☎ 3299-0600, ? Cinelândia. → Terça a sexta, 10h às 18h; sábado, domingo e feriados, 12h às 17h. R$ 8,00 (pelo mesmo valor, o ingresso-família contempla até quatro parentes). Grátis no domingo. Até 28 de setembro.
Prorrogação: com previsão de término para este domingo (17), a exposição foi prorrogada duas vezes e agora irá até 28 de setembro