Pesquisadores medem radiação ultravioleta no Rio
Com uma exposição de apenas vinte minutos ao sol, a dose de radiação acumulada é equivalente à dose que a OMS recomenda diariamente para uma vida saudável
O Brasil é um dos recordistas mundiais em número de casos de câncer de pele. Para entender melhor como a radiação solar afeta os brasileiros, a área de Pesquisa e Inovação da L’Oréal Brasil realizou uma pesquisa sobre a incidência dos raios ultravioletas no Rio (a região Sudeste, devido à sua latitude, sofre mais com eles). O estudo, realizado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), mediu diversos parâmetros meteorológicos e ambientais para avaliar o impacto desses raios sobre a saúde humana.
Foram quatro dias de medições em diferentes momentos do dia, através de fotômetros (UVmetros) e outros aparelhos de controle ambiental (os cientistas montaram pequenas estações meteorológicas móveis adaptadas com aparelhos GPS). Também foram feitas medições estáticas nas ruas e nas praias. Concluiu-se que, com uma exposição de apenas vinte minutos ao sol, por volta das 10h da manhã, a dose de radiação acumulada é equivalente à dose que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda diariamente para uma vida saudável. E isso no inverno carioca, já que a medição aconteceu em agosto do ano passado.
Exposições de até duas horas, sem proteção, podem gerar uma dose suficiente para danificar inclusive peles mais morenas. Com isso, fica evidente que a proteção solar não deve ser mais importante para as peles claras do que para peles com maior pigmentação. Todos, não importa a cor, devem se proteger. Como já diria Pedro Bial, use filtro solar.