Pão francês e algodão: primeiro trabalho conceitual de Cildo Meireles
Com curadoria de Luisa Duarte, exposição reúne as criações de 43 artistas, que mostram as múltiplas dimensões da temporalidade

5 obras para ver na mostra… Em Busca do Tempo Roubado, na Flexa Galeria.

Marcas de Adriana Varejão, representações arquitetônicas, azulejos e carne despontam em Ruína de Charque Brasília (2018). No lugar do cimento, a artista carioca exprime a peça bovina, traçando uma relação visceral entre corpo e obra.

A noção de espaço não só delimita, mas ajuda a construir Escadas Vermelhas (2024), instalação de Carmela Gross. A paulistana elege um objeto do cotidiano para sugerir movimento, brincando também com a ideia de ascensão social.
Um Sanduíche Muito Branco, de 1966, é considerado o primeiro trabalho conceitual de Cildo Meireles. O artista sonhou que comia um pão francês recheado de algodão e decidiu recriar a imagem onírica.
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O pintor uruguaio Joaquín Torres-García (1874-1949) sugere o aprisionamento no tempo em Constructivo Con Hombre Universal Azul, de 1946. A disposição hermética de símbolos rotineiros carrega uma sensação de urgência.

Nesta tela de 1964, Mira Schendel (1919-1988) é econômica ao retratar a natureza-morta. As frutas têm formas e dimensões naturais, mas fogem do padrão desse tipo de pintura por não terem uma superfície de contato.
Flexa Galeria. Rua Dias Ferreira, 214, Leblon. Seg. a sex., 10h/19h. Sáb., 13h/18h. Grátis. Até 26 de julho