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Musical espanhol The Opera Locos, Belchior e mais novidades nos teatros

Semana tem ainda as reestreias dos monólogos Antígona, de Andrea Beltrão, e Vista, baseado no livro da Tatiana Salem Levy sobre um estupro ocorrido no Rio

Por Kamille Viola
Atualizado em 9 mar 2023, 22h58 - Publicado em 9 mar 2023, 19h38

O Amor Passou Por Aqui

Tiago (Letícia Augustin) e Sofia (Felipe Roque, que alterna o papel com Ricardo Vianna) se conhecem ao acaso, quando suas vidas estão em momentos completamente opostos. Ela cresceu colocando nas relações amorosas o peso de sua própria felicidade. Ele é cético, jamais se deixou apaixonar. A peça traça uma linha do tempo na vida do casal e seus encontros e desencontros. Com texto de Vitor Frad e direção de Stella Maria Rodrigues,

Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês São Vicente 52, 3ª andar. Sáb., 21h. Dom., 20h. De 11 de março a 30 de abril. 

Antígona

Andrea Beltrão volta ao palco do Teatro Poeira com o monólogo, pelo qual ganhou o prêmio APCA de melhor atriz em 2017. A tragédia grega, escrita por Sófocles há 2.500 anos e traduzida por Millôr Fernandes, tem dramaturgia assinada a quatro mãos pela atriz e por Amir Haddad, que dirige o espetáculo. A atriz encena sozinha um texto com mais de dez personagens. Filha do incesto de Édipo e Jocasta, mãe e filho, Antígona contraria a ordem do rei de Tebas, Creonte (seu tio), de deixar seu irmão Polinice sem sepultura. Pela insubmissão, ela acaba pagando com sua vida.

Teatro Poeira. Rua São João Batista,104, Botafogo. Qui. a sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 30,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 de março a 30 de abril.

Belchior: Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro

O ator e cantor Pablo Paleólogo vive o cearense, enquanto Bruno Suzano interpreta o Cidadão Comum, personagem recorrente nas canções de Belchior e, de certa, forma seu alter ego. Na trama, pensamentos do artista sobre o mundo se alternam com números de seus maiores sucessos, como Apenas Um Rapaz Latino Americano, Como Nossos Pais e Sujeito de Sorte. As músicas são executadas ao vivo por uma banda. O espetáculo é dirigido por Pedro Cadore, que também assina a organização de textos ao lado de Cláudia Pinto.

Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, s/nº, Centro. Qui. e sex., 19h. Sáb., 18h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo site da Funarj. De 9 a 25 de março.

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Homens Pink

Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a Cia La Vaca apresenta no Sesc Copacabana o espetáculo solo com dramaturgia, direção e atuação de Renato Turnes. Construída a partir de conversas do autor com nove personagens reais, a peça aborda aspectos da vida de homens gays acima de 60 anos. De forma franca e divertida, o monólogo, pontuado por momentos história do Brasil, passa por temas como infância, sexualidade, vida na maturidade e como homens gays sobreviveram à epidemia da Aids e ao estigma da sociedade.

Sesc Copacabana. Rua Domingos Ferreira, 160. Qui. a dom., 19h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. De 9 de março a 2 de abril.

King Kong Fran

Com direção e dramaturgia Rafaela Azevedo e Pedro Brício, e direção musical da cantora e compositora Letrux, o espetáculo usa a personagem Fran, sucesso da atriz no Instagram, para promover uma irreverente e debochada reflexão sobre machismo, assédio, abuso, consentimento e violência de gênero. Num misto de cabaré com circo e show de mulher-gorila, Fran diverte o público virando ao avesso os estereótipos do feminino: com humor e ironia, inverte a lógica machista e brinca com a plateia, fazendo com que os homens “provem do seu próprio veneno”.

Teatro XP Investimentos. Jockey Club Brasileiro. Av. Bartolomeu Mitre, 1110, Leblon. Qui., 20h. R$ 35,00 a R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 a 30 de março.

The Opera Locos

Pela primeira vez no Brasil, a companhia espanhola Yllana celebra 30 anos de trajetória apresentando uma mistura de teatro, musical, ópera, comédia, mímica e circo. O espetáculo reúne cinco atores-cantores divididos entre diversos personagens, ressaltados pelo visual extravagante e pela exímia técnica vocal. Todos só se comunicam, exclusivamente, na linguagem operística. Assim, uma série de cenas e situações tão absurdas quanto engraçadas se sucedem no palco. O repertório vai de obras clássicas e hits recentes do pop.

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Teatro Casa Grande. Avenida Afrânio de Melo Franco, 290-A, Leblon. Qui. (9), sex. (10) e dom. (12), 20h. Sáb. (11),  21h. R$ 25,00 a R$ 160,00. Sympla. De 9 a 12 de março.

O Prazer É Todo Nosso

Casada por dezenove anos, dos 20 aos 39 anos, depois de se separar, a atriz Juliana Martins buscou viver intensamente sua liberdade sexual. Suas experiências e as de suas amigas inspiraram o monólogo, em nova temporada. Na comédia escrita por Beto Brown e dirigida por Bel Kutner, ela fala com bom humor e sinceridade sobre muitas histórias reais, abordando o sexo de maneira despretensiosa e delicada, fazendo refletir sobre o papel da mulher na sociedade.

Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês São Vicente, 52, Gávea. Qui., 20h30. R$ 50,00 a R$ 100,00. Ingressos pelo Sympla. De 9 a 30 de março.

Rua Azusa, O Musical

Em Los Angeles, 1906, em meio à segregação racial nos Estados Unidos, o pastor William Joseph Seymour, um homem negro, filho de escravizados, dono de uma oratória impressionante, atrai multidões para seus cultos, reunindo negros e brancos lado a lado. O movimento na Rua Azusa marcou gerações. Essa história centenária serve de incentivo para Elizabeth, uma jovem sonhadora que vive um grande conflito familiar em 2016. O espetáculo da Companhia Teatral Nissi tem texto e direção de Caíque Oliveira.

Teatro Claro. Sáb. (11) e 18 de março, 19h. Dom. (12) e 19 de março, 15h. Sex. (17), 20h. R$ 35,00 a R$ 140,00. Ingressos pelo Sympla.

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Vista

Finalista do Prêmio Jabuti, o romance Vista Chinesa (2021), de Tatiana Salem Levy, ganha adaptação teatral da companhia Polifônica. Reunindo cinema, música e teatro, o espetáculo solo traz o perturbador relato de Julia (vivida por Julia Lund), uma arquiteta que sofre um estupro em um dos principais cartões-postais do Rio, às vésperas da Olimpíada de 2016, em plena luz do dia. A dramaturgia é assinada por Luiz Felipe Reis, que também dirige a peça, Julia Lund e Catharina Wrede.

Espaço Sérgio Porto. Rua Humaitá, 163. Qui. a sáb., 20h. Dom., 19h. Sessão extra: 5 de abril, 20h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 10 de março a 9 de abril.

Taquicardia

Ana descobre que sua gata talvez tenha sumido. O medo de descobrir o que de fato aconteceu com a gata faz com que essa mulher tome uma decisão inusitada: não voltará para casa, pois assim não terá que lidar com o possível desaparecimento da gata. Ela, que perdeu o pai, uma amiga e o cachorro num espaço curto de tempo e, ainda de luto, tentando compreender o que ficou depois de tantas perdas, não concebe ter que entrar em contato com esse novo desaparecimento e foge. O espetáculo é uma fuga para dentro de si. O argumento e atuação são de Ana Abbot, a dramaturgia é de Nanda Félix e a direção é de Luciana Fróes.

Sede das Cias. Escadaria Selarón. Rua Manuel Carneiro, 12, Lapa. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00. Ingressos pelo Sympla. De 10 a 19 de março.

Ubu: O Que É Bom Tem Que Continuar!

O Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, pela primeira vez em temporada no Rio, criou a peça em parceria com os grupos potiguares Facetas e Asavessa. A trama traz os já conhecidos personagens Pai Ubu e Mãe Ubu, do clássico texto Ubu Rei, de Alfred Jarry, numa possível continuação da história. Os dois fogem da Polônia e chegam a um novo país na América Latina, a Embustônia. Num impulso maquiavélico, tornam-se rei e rainha, e continuam sua saga insaciável e sem controle por poder. A direção e a dramaturgia são de Fernando Yamamoto.

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Sesc Tijuca. Pátio das Tamarineiras. Rua Barão de Mesquita, 53. Qui. a sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. De 9 de março a 2 de abril.  

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