É 0800: nova exposição na Casa Firjan e mais mostras para conferir no Rio
Semana traz ainda a inauguração da galeria Flexa, no Leblon, exibições no Centro Cultural Correios, Instituto Pretos Novos e Tribunal de Contas do Estado
Confinadas
Temática recorrente no trabalho de Lígia Teixeira, o universo feminino é tema da exposição, que tem curadoria de Osvaldo Carvalho. Iniciada na pandemia de Covid-19 a mostra tem obras que retratam revelam personagens femininas solitárias, na maior parte das vezes enclausaradas em seus ambientes domésticos, uma metáfora para se discutir o silenciamento e o apagamento das mulheres ao longo dos séculos. Entre os temas abordados pela artista, além das questões de gênero, estão as questões de raça e o etarismo, discriminação de pessoas devido à idade.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Até 15 de junho.
Entre_Laços: Memórias e Cotidiano
Com curadoria de Elisangela Valadares, a mostra conta com trabalhos dos artistas Adrianna Eu, Carolina Kasting, Mary Dutra, Monique Ribeiro, Rafael Prado, Rodrigo Westin e Thiago Modesto. Em suas obras, eles abordam temas como as memórias afetivas, de ancestralidade ou do cotidiano. São pinturas, esculturas, fotografias, vídeos e instalações que convidam o espectador a explorar os fios invisíveis que conectam suas experiências individuais em um tecido comum de humanidade, revelando laços que se escondem por trás de cada obra.
Espaço Cultural Humberto Braga. Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE RJ). Praça da República, 54, 2º andar, Centro. Seg. a sex. (exceto fer.), 11h/17h. Grátis. De 9 de maio a 30 de setembro.
Habitantes da Floresta de Nós Mesmos
Em sua primeira exposição individual, Margaret de Castro fala sobre o isolamento da contemporaneidade, com a impessoalidade nas relações e o uso cada vez mais constante do celular. Sob curadoria de Mario Camargo, a mostra apresenta personagens absortos em si mesmos em cenas cotidianas, praticamente sem se relacionar com as pessoas no entorno.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Abertura: Sáb. (11), 15h/19h. Visitação: Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis.
Memórias Vivas — Ofícios em Extinção
A mostra reúne trabalhos fotográficos, inéditos, de onze artistas visuais que foram selecionados por meio do Edital de Cultura Firjan SESI 2024. Eles foram convidados a mergulhar nas histórias de ofícios manuais e suas narrativas, durante uma residência, junto à curadora, Gisele de Paula. A coletiva é uma ode a mestres e mestras de artes e ofícios, em uma sociedade altamente tecnológica. Entre as obras estão Mar Leva, Mar Traz , sobre o garimpeiro do mar Jorge Ribeiro, e Classificados, com anúncios pintados nos muros na cidade, de Dani Dacorso; A Lavadeira Vai ao Centro, de Lais Reverte; e Alvenaria: Entulho e Manuel da Moringa, de Lucas Cesário.
Casa Firjan. Rua Guilhermina Guinle, 211, Botafogo. Ter. a dom., 9h/18h30. Grátis. Até 26 de junho.
Ser Mulher: Um Percurso de Papéis
A artista Carla Carvalhosa apresenta obras que representam os diversos papéis desempenhados pelas mulheres e sua importância em promover um sentimento de pertencimento nas famílias e na sociedade em geral. Com curadoria de Márcia Costa, a mostra traz pinturas e esculturas feitas a partir de materiais que seriam descartados, como garrafas pet e embalagens.
Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro. Ter. a sáb., 12h/19h. Grátis. Até 15 de junho.
Rio: a Medida da Terra
A mostra marca a inauguração da galeria carioca, que reúne trabalhos de cerca de quarenta artistas. Seu título remete à palavra grega geometria, que, grosso modo, significa “medida da terra”. A disputa entre a urbanização e a paisagem da cidade é um dos temas da exposição, que aborda, ainda, questões políticas e sociais, como a violência urbana e a resistência cultural. Allan Weber, Carlos Vergara, Heitor dos Prazeres, Hélio Oiticica, Laercio Redondo, Lygia Pape, Oswaldo Goeldi e Panmela Castro são alguns dos nomes com trabalhos na exibição.
Flexa. Rua Dias Ferreira, 175, Leblon. Sáb. (11), 17h30/21h. Visitação: Seg. a sex, 10h/19h. Sáb., 11h/17h. Grátis.
Será o Benedito?
Comemorando seus 19 anos e os 250 do sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, memória concreta da escravidão no Brasil, o IPN apresenta a individual da artista visual Fátima Farkas, com curadoria de Mauro Trindade. A exposição apresenta cerca de 32 telas, criadas a partir de fotografias, com personagens históricos negros, como Benedito Meia-Légua, líder de grupos quilombolas que libertavam escravizados no Nordeste e no Espírito Santo (e que teria dado origem à famosa expressão que batiza a mostra); João Cândido, líder da Revolta da Chibata; o advogado abolicionista Luiz Gama; a rainha Nzinga, rainha de Ndongo e de Matamba, parte do que hoje forma o país Angola), exemplo de resistência ao colonialismo português, e o premiado arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré.
Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN). Rua Pedro Ernesto, 32-34, Gamboa. Ter. a sex., 10h/16h. Sáb., 10h/13h. Grátis. De 10 de maio a 20 de julho.
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