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Questionador e misterioso, artista britânico Banksy ganha mostra imersiva

Exposição que chega ao Village Mall, na Barra, nesta quinta (13), reúne 150 obras do maior nome da arte de rua do mundo, cuja identidade permanece incerta

Por Kamille Viola
11 jul 2023, 11h48

Ele é, ao mesmo tempo, um dos nomes mais famosos da arte no mundo hoje e um mistério. A mostra imersiva The Art of Banksy: “Without Limits”, que chega ao Rio nesta quinta (13), no Village Mall, reúne mais de 150 obras desse que é o maior nome da arte de rua do mundo.

Com 14 ambientes, a exposição conta com originais certificados, gravuras, fotos, litografias, esculturas, murais e instalações de videomapping feitas especialmente para a exposição, além de uma sala dedicada à Ucrânia, com intervenções mais recentes do artista, feitas em uma área bombardeada na guerra com a Rússia, e um documentário em vídeo sobre de Banksy. Obras famosas, como Flower Thrower (“Atirador de Flores), Kissing Coppers (“Policiais se Beijando”) e Balloon Girl (“Garota do Balão”), estão na exibição.

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Cenário com luz roxa e um míssil no canto esquerdo reproduz um local bombardeado e traz dois grafites de Bansky na parede: uma menina fazendo ginástica rítmica com uma fita na parede da esquerda e um menino derrubando um adulto no judô à direita.
Bansky: exposição imersiva reproduz cidade bombardeada na Ucrânia que recebeu intervenções artísticas dele (R. Fonseca/Divulgação)

Banksy é o pseudônimo de um artista de identidade não revelada. Seus trabalhos, geralmente grafites feitos com o uso de estêncil cheios de humor e crítica social, começaram a ser notados nos anos 90, em Bristol, mas ganharam mais destaque durante os anos 2000. Com a explosão das redes sociais, seu trabalho ficou conhecido internacionalmente — só seu perfil no Instagram tem mais de 12 milhões de seguidores.

Hoje, suas criações estão espalhadas por diversos lugares do mundo, como Londres, Los Angeles, Nova York, Paris e Nova Orleans, além de áreas de conflito na Palestina e na Ucrânia. Em 2006, ele entrou como turista na Disneylândia, na Califórnia, burlou a segurança e inflou um boneco vestido com uniforme dos detentos da prisão de Guantánamo (a penitenciária dos Estados Unidos conhecida por práticas que desrespeitam os direitos humanos) próximo a uma montanha-russa.

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A hipótese acerca de sua identidade com mais adeptos é que ele seja o artista visual inglês Robin Gunningham, que chegou a assinar trabalhos como Robin Banks, o que teria acabado virando Banksy. Existe até um estudo de uma universidade buscando comprovar isso. Em 2017, o DJ Goldie se referiu a Banksy como “Rob”, o que reforçou as suspeitas.

Outras especulações giram em todo de Robert Del Naja, vocalista da banda Massive Attack, que usava o pseudômino de 3D quando começou a carreira no grafite (e inclusive é citado por Banksy como referência em entrevistas) e o suíço Maître de Casson, artista visual — que já negou ser o artista. Há quem defenda, ainda, que se trata de um coletivo de artistas.

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Para manter o segredo, ele esconde o rosto, aparece sempre com capuz e conta com a ajuda de um grupo de colaboradores que montam tapumes ao redor do artista enquanto ele realiza seus trabalhos de rua. Banksy dirigiu o documentário Exit Through the Gift Shop (2010), que conta a história de Thierry Guetta, conhecido como Mr. Brainwash, um imigrante francês que mora em Los Angeles e seu fascínio pela arte de rua.

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O documentário estreou no Festival Sundance de cinema em 24 de janeiro de 2010, tendo sido premiado com o Spirit Award, considerado o Oscar do cinema independente.

VillageMall. Avenida das Américas, 3900, piso SS1, Barra. Seg. a sáb., 10h/22h (início da última sessão às 21h). Dom. e fer., 12h/22h (início da última sessão às 21h). R$ 25,00 a R$ 120,00. Ingressos pelo site do evento. De 13 de julho a setembro.

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