MAM, um museu de novidades que tem agora cinemateca, cafeteria e mais
Reaberto em dezembro após cerca de oito meses de obras, espaço ganhou recentemente nova cantina e acaba de reinaugurar sua sala de exibição de filmes

Depois de passar cerca de oito meses em obras, o Museu de Arte Moderna (MAM) reabriu parcialmente em dezembro do ano passado. Os jardins e os espaços expositivos haviam sido reformados, mas ainda vinham mudanças pela frente.
A Cinemateca do MAM, que ainda estava fechada, reabriu no último dia 13, após uma modernização que investiu 790 000 reais no espaço. Agora, a sala de exibição, Auditório Cosme Alves Netto, conta com novo sistema de áudio e projeção, além de nova iluminação e cabeamento elétrico.
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Inaugurada em 1951, começou a exibir filmes em 1955, tornando-se referência. A cinemateca possui um dos mais relevantes arquivos audiovisuais da América Latina, com mais de 7 000 títulos em película, cerca de 250 000 em suporte videomagnético analógico e digital, e mais de 400 terabytes de arquivos digitais, além de 3,5 milhões de itens documentais.
As sessões na cinemateca são gratuitas (com opção de contribuição sugerida), mas os ingressos para o dia de reabertura já estão esgotados. A programação completa pode ser vista neste link, e os ingressos, retirados neste link.

Ao lado do espaço, fica a biblioteca do museu, uma das mais importantes bibliotecas especializadas em arte moderna e contemporânea do país, com mais de 31 500 livros e 618 títulos de periódicos em seu acervo, que também foi reaberta recentemente.
Outra novidade foi a reabertura da Cantina do MAM que estava fechada havia cinco anos. Nos anos 60, o local foi palco de encontro de grandes nomes das artes plásticas e do Cinema Novo. Contando com charmoso espaço ao ar livre, com mesas de frente para o chafariz, sua nova versão vem atraindo turistas e cariocas.
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Agora, o lugar está sob o comando de João Vergara (filho do artista plástico Carlos Vergara, também ex-frequentador) e Leo Rangel (filho dos donos da Academia da Cachaça), também à frente do Embaixada Carioca, restaurante no Morro da Urca. O cardápio ficou a cargo da chef Julia Raposo.
A casa resgatou as empadas do cardápio dos anos 60 (de frango, camarão, queijo, cogumelos, romeu e julieta) e tem ainda pedidas como ovos, tapiocas, toasts, sanduíches, saladas e massas. Os cafés são um dos destaques, em diversos preparos: expresso, filtrado, prensa francesa, Hario ou Aeropress.
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Atualmente, o museu está com duas exposições. Formas das Águas reúne mais de quarenta obras que de 14 artistas de geografias e gerações distintas, entre eles Arthur Bispo do Rosário, Jota Mombaça e Renata Tupinambá, apresentam acontecimentos que tiveram lugar na Baía de Guanabara.
Já Uma História da Arte Brasileira, que está no novo espaço do museu, Bloco Escola, ao lado da Cantina e da Cinemateca do MAM, foi realizada para a Cúpula do G20, que aconteceu no MAM, e traz obras de artistas que protagonizaram as primeiras seis décadas do século XX.
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São trabalhos de quase sessenta nomes que fazem parte do cânone das artes brasileiras, como Adriana Varejão, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Djanira, Heitor dos Prazeres e Walter Firmo, entre muitos outros.
Além disso, a área externa do museu, palco de uma série de eventos espontâneos — entre ensaios de blocos e de grupos de dançarinos —, uma vez por mês recebe os Super Sábados Petrobras, realizados pelo MAM, com atividades como oficinas, bate-papos e shows.
Museu de Arte Moderna (MAM) Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo. Qua. a dom. e fer., 10h/18h. Grátis ou contribuição sugerida de R$ 10,00 a R$ 20,00. Ingressos pelo site do MAM.
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