João Emanuel Carneiro assina curadoria de mostra na Casa Roberto Marinho
Autor selecionou obras de exposição com coleção de sua mãe, a antropóloga Lélia Coelho Frota, uma das três exibições que celebram os cinco anos do espaço
Celebrando seus cinco anos nesta sexta (28), a Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho, inaugura na mesma data três novas exposições: Gesto em Suspensão, em torno da obra de Maria Leontina (1917-1984); Coleção No Seu Tempo, com obras do acervo do instituto, e A Criação do Artista Popular, com peças da coleção da ensaísta, poeta, museóloga, historiadora da arte e antropóloga Lélia Coelho Frota (1938-2010), que tem curadoria de João Emanuel Carneiro, autor de teledramaturgia e seu filho.
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Gesto em Suspensão reúne cerca de cem pinturas, desenhos e gravuras de Maria Leontina, nome de destaque do modernismo brasileiro. A individual conta com trabalhos raramente exibidos de diversas fases das décadas de 1940 a 1980, pertencentes à família da artista, a coleções particulares e a instituições, selecionadas por Alexandre Franco Dacosta, filho da pintora, também artista visual, compositor e cineasta.
Já A Criação do Artista Popular exibe, pela primeira vez, os trabalhos reunidos por Lélia Coelho Frota. Ela foi responsável por trazer à luz obras de artistas populares — até então, chamados, de forma genérica, de artesãos do folclore popular — por meio do livro Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros (Funarte, 1978).
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A coletiva reúne 40 peças da coleção, iniciada na década de 70, reúne peças de artistas como Júlio Martins da Silva (1893-1978), pintor favorito da colecionadora, e Madalena dos Santos Reinbolt (1919- 1977), baiana que trabalhou como cozinheira na casa da arquiteta e urbanista Lota de Macedo Soares e da poeta americana Elizabeth Bishop, em Petrópolis.
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Maria Leontina e Lélia Coelho Frota foram amigas por quase 30 anos, e suas mostras dividem o piso supeior. No térreo, está Coleção No Seu Tempo, com 44 obras do acervo do instituto, de vertentes e períodos variados, com curadoria de Lauro Cavalcanti, diretor da Casa Roberto Marinho. São trabalhos de artistas como Anna Bella Geiger, Carlos Vergara, Frans Krajcberg, Iberê Camargo, Luiz Aquila, Rubem Valentim, Wanda Pimentel e Yolanda Mohalyi, entre outros nomes consagrados.
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Ao longo de seus cinco anos, o instituto realizou 18 mostras e organizou diversas publicações e palestras, além de oferecer programação regular e gratuita com visitas mediadas, ateliês para crianças e famílias, e exibição de filmes. A coleção possui cerca de 1.400 peças cadastradas, entre pinturas, esculturas, gravuras, objetos e desenhos, de grandes nomes da arte brasileira.
Casa Roberto Marinho. Rua Cosme Velho, 1105. Ter. a dom., 12h/18h (última entrada até 17h15). R$ 5,00 a R$ 10,00. Grátis às quartas. Ingresso-família a R$ 10,00, para grupos de até quatro pessoas, aos domingos. Ingressos somente na bilheteria.
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