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Insucessos, 4 Amigues, O Cravo e a Rosa… O que curtir no teatro na semana

Programação traz ainda os retornos de A Noviça Rebelde, Shiley Valentine, Agora É que São Elas!, Parem de Falar Mal da Rotina e Duetos, A Comédia

Por Kamille Viola
Atualizado em 5 set 2024, 13h26 - Publicado em 2 set 2024, 19h57
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O Cravo e a Rosa: Dudu Azevedo e Isabella Santoni vivem no teatro papéis que foram de Eduardo Moscovis e Adriana Esteves TV (Rodrigo Lopes/Divulgação)
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4 Amigues

Dos mesmos produtores de Gongada Drag, o espetáculo de comédia, improviso e stand-up reúne Bruno Motta, o criador do Gongada Drag, Pahby, redator do show, e as drags Suzy Brasil e Samara Rios. Com humor ácido, crítica social e deboche, eles prometem levar o público às gargalhadas.

Teatro Rival Petrobras. Rua Álvaro Alvim, 33, Centro. Ter. (3), 20h. R$ 50,00 a R$ 130,00. Ingressos pelo Sympla. Única apresentação.

Agora É que São Elas!

Agora É que São Elas!
Agora É que São Elas!: espetáculo conta com Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco no elenco (Pino Gomes/Divulgação)

Maria Clara Gueiros, Júlia Rabello e Priscila Castello Branco dão vida a vinte personagens em no espetáculo, que reúne nove esquetes escritos por Fábio Porchat, com direção do próprio. Entre as histórias,  Selfie, com Priscila e Maria Clara, mostra a fã que aborda uma famosa atriz e, enquanto tenta tirar uma fotografia, lista defeitos na artista que supostamente admira. Já Superstição traz o reencontro de duas amigas, vividas por Maria Clara e Júlia, que não se viam há anos. Uma delas acredita em todas as superstições, enquanto a outra é puro ceticismo. 

Teatro das Artes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente, 52/2º andar. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 70,00 a R$ 140,00. Ingressos pelo Divertix. De 6 a 29 de setembro.

Cova Rasa

Com texto de Ton de Melo e encenação de Waldecyr Rosas, o espetáculo fala sobre redenção, perdão e a luta pela vida, trazendo uma reflexão sobre saúde mental e suicídio. No palco, são contadas as histórias de quatro almas presas entre a vida e a morte. Na peça, cada personagem tem um passado marcado por tragédias pessoais. À medida que a narrativa se desenrola, descobrimos que suas trajetórias se entrelaçam, com revelações surpreendentes, confissões emocionais e confrontos intensos.

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Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Qua. e qui. 19h30. Ingressos pelo Sympla. De 4 a 26 de setembro.

O Cravo e a Rosa

Novela de sucesso da Globo, criada por Walcyr Carrasco, O Cravo e a Rosa ganhou versão teatral dirigida por Pedro Vasconcelos. O casal protagonista, que na TV foi interpretado por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, agora é vivido por Isabella Santoni e Dudu Azevedo. Ambientada na década de 1920, a comédia romântica gira em torno de Catarina Batista, uma mulher feminista para o seu tempo, e Julião Petruchio, um machista que acredita na submissão feminina. Os dois vivem às turras, mas acabam se apaixonando.

Teatro Prio. Avenida Bartolomeu Mitre, 1110-B, Leblon. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 60,00 a R$ 120,00. Ingressos pelo Sympla. De 6 a 29 de setembro.

Crepúsculo das Máscaras

Com dramaturgia de Aline Santos e Marlon Vares e direção coletiva, a tragicomédia trata da jornada de autodescoberta e aceitação de pessoas LGBTQIAP+. Com Marlon Vares e Pérola Acioly no elenco, o espetáculo narra a história de um garoto que, ao visitar um cemitério, cria narrativas a partir das covas, enquanto se prepara para um grande ritual. A peça é uma metáfora que fala das “mortes sociais” que essas pessoas enfrentam ao se assumir, abordando temas como amor próprio e redes de apoio.

Teatro Gonzaguinha. Rua Benedito Hipólito, 125, Centro. Estreia: Qua. (4), 19h. Temporada: Qui. a sáb., 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 4 a 14 de setembro.

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Deserto

Baseado em fragmentos de diferentes obras e das memórias do celebrado escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), o espetáculo, escrito e dirigido por Luiz Felipe Reis, acompanha sobretudo os últimos anos de vida do autor, que sofreu durante mais de uma década com uma doença hepática degenerativa. A partir de um mergulho na obra ficcional e não ficcional do escritor, a peça busca ecoar as inquietações mais recorrentes de Bolaño, levadas ao palco pelo ator Renato Livera.

Teatro Firjan Sesi Centro. Avenida Graça Aranha, 1, Centro. Qui. e sex., 19h. Sáb. e dom., 18h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 5 de setembro a 6 de outubro.

Duetos, a Comédia

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Duetos: Patricya Travassos e Eduardo Moscovis encenam quatro histórias, sempre envolvendo um homem e uma mulher (Barbarah Queiroz/Divulgação)

Sucesso de público, com mais de 70 000 espectadores o espetáculo do inglês Peter Quilter retorna com Patricya Travassos e Eduardo Moscovis se desdobrando nos papéis de quatro histórias envolvendo um homem e uma mulher (não necessariamente casais), em uma reflexão sobre os relacionamentos contemporâneos. Entre as tramas, a de Shirley e Beto, que decidem passar férias na Espanha para finalizar o divórcio e descobrem que não são o ex-casal bem resolvido que pensavam.

Teatro Multiplan. Village Mall. Qui. a sáb., 20h30. Dom., 19h. R$ 60,00 a R$ 280,00. Ingressos pelo Sympla. De 5 a 22 de setembro.

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O Espelho

Baseado no conto de Machado de Assis, o monólogo traz Paulo Antunes como todos os personagens da trama. A história gira em torno de Jocobina, homem pobre que é nomeado alferes da Guarda Nacional. A partir desse novo status, elementos sociais e psicológicos se misturam em uma história que aborda questões relativas à alma humana, como a solidão, a vaidade e o poder. A direção é de Jitman Vibranovski

Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Sáb. e dom., 19h. R$ 35,00 a R$ 70,00. Ingressos pelo Sympla. De 7 a 15 de setembro.

Fé Mina — Histórias de Mulheres

Escrito e encenado por Martha Paiva, com colaboração dramatúrgica de Ste Marques, o espetáculo reúne histórias da própria autora e de outras mulheres sobre relacionamentos abusivos, histórias de superação, empoderamento e protagonismo feminino, entre outros temas. O espetáculo também tem referências dos contos As Duas Mulheres Que Conquistaram a Liberdade, de origem inuíte, e Barba Azul, de Charles Perrault.

Teatro Café Pequeno. Avenida Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 6 a 22 de setembro.

Grande Sertão: Veredas — Riobaldo

Dirigido por Amir Haddad, Gilson de Barros apresenta o monólogo, que é parte de uma trilogia inspirada na obra mais emblemática de Guimarães Rosa. Riobaldo ilumina a importância dos amores do ex-jagunço que dá nome à peça, com as memórias dele sobre três pessoas que determinaram sua trajetória: Diadorim, Nhorinhá e Otacília. 

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Teatro Domingos de Oliveira. Planetário. Avenida Padre Leonel Franca, 240, Gávea. Qui. a sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 10,00 a R$ 20,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 5 de setembro a 15 de setembro. 

Insucessos de Uma Vida Quase Adulta

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Insucessos de Uma Vida Quase Adulta: monólogo de Bia Queiroz volta aos palcos cariocas (Caiano Midam/Divulgação)

No espetáculo, escrito e encenado por Bia de Queiroz, Elena é uma jovem atriz que enfrenta dificuldades para lidar com a transição da adolescência para a vida adulta. Durante um teste, o diretor pede a ela que conte algo sobre sua vida. A atriz começa, então, a relatar seus maiores fracassos dos 19 aos 25 anos, expondo suas dificuldades, sonhos e inseguranças nessa fase, seu crescimento pessoal e seus esforços para se estabelecer no mundo. Com direção de Stella Maria Rodrigues, Bia “contracena” com vozes em off de Cininha de Paula e Heloisa Périssé, entre outras.

Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Ter., 20h. R$ 30,00 a R$ 60,00. Ingressos pelo Sympla. De 3 a 24 de setembro.

Limbos

Com encenação de Renata Tavares e dramaturgia de Pedro Emanuel, a peça parte das próprias experiências dos atores Marcus Liberato e Marcos Guian, idealizadores do espetáculo, para falar de temas como abandono parental, relações homoafetivas e os desafios enfrentados no processo de adoção. Em cena, eles são o casal Augusto e Antônio, que decide adotar uma criança após anos de relacionamento e tem que lidar com seus próprios traumas, em um espetáculo que também conta com elementos das religiões afro-brasileiras e do carnaval carioca.

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Teatro Ruth de Souza. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Qui. a dom., 19h R$ 5,00 a R$ 10,00. Ingressos pelo Rio Cultura.

Luz Del Fuego — Uma História Além da Vida

Com roteiro e direção de Sonia Barbosa, o espetáculo é inspirado na história da atriz e dançarina Luz del Fuego (1917-1967), vivida por Jussara Calmon. A trama, no entanto, se passa no umbral, que, na doutrina espírita, é um lugar transitório onde as almas são confrontadas com seus erros e buscam redenção. Mulher à frente de seu tempo, Luz del Fuego escandalizou sua época ao fazer apresentações nua e enrolada em cobras. Foi uma pioneira do movimento naturista no Brasil e defendia os direitos das mulheres.

Teatro Cândido Mendes. Rua Joana Angélica, 63, Ipanema. Sex. a dom., 20h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Sympla. De 6 a 29 de setembro.

Não Corre, Menino!

Com dramaturgia e atuação de Leandro Batz e direção de Nataly Delacour, o espetáculo da Cia. Nosso Olhar lança um olhar sobre o racismo e o genocídio do povo negro no Brasil. A trama conta a história de Eduardo da Silva Santos, menino negro de 11 anos vítima de bala perdida. A peça faz uma homenagem a Evaldo, músico negro que, durante um passeio com a família em 2019, viu seu carro sofrer 257 tiros de fuzil por oficiais do exército, morrendo na hora. Na história, quando Eduardo vira alvo, ele se lembra do pai, Evaldo.

Sesc Tijuca. Teatro II. Rua Barão de Mesquita, 539. Qui. a dom., 19h. Dom., 18h. R$ 7,50 a R$ 30,00. Ingressos somente na bilheteria. De 5 a 29 de setembro.

A Noviça Rebelde

Sucesso na Broadway e no cinema, o musical, criado a partir do livro de memórias de Maria Augusta Trapp, ganhou montagem com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, e versões das famosas músicas assinadas por Botelho. Na trama, a ex-noviça Maria (Malu Rodrigues) vai trabalhar cuidando dos sete filhos do Capitão Von Trapp (Pierre Baitelli), que é viúvo, e eles acabam se apaixonando. Larissa Manoela é Liesl, a filha mais velha (alternando com Giovanna Rangel), e o elenco conta com mais quarenta atores, incluindo dezoito crianças.

Cidade das Artes. Avenida das Américas, 5300, Barra. Qua. a sex., 20h. Sáb. e dom., 11h, 15h e 19h. De R$ 21,00 a R$ 360,00. Ingressos pelo Sympla. De 5 de setembro a 6 de outubro.

Parem de Falar Mal da Rotina

Parem de Falar Mal da Rotina: a peça de Elisa Lucinda, 66 anos, comemora vinte anos em cartaz
Parem de Falar Mal da Rotina: a peça de Elisa Lucinda, comemora 22 anos em cartaz (./Divulgação)

Comemorando 22 anos, o espetáculo solo escrito e interpretado por Elisa Lucinda une histórias vividas e ouvidas pela atriz e escritora, além de poemas seus, em um elogio à rotina, buscando mostrar que nós temos o poder de mudar nossas vidas. Dirigida por Geovana Pires, ela chama a atenção para o fato de a rotina é feita de um conjunto de escolhas, que nós somos responsáveis por ela e que cada um tem o poder de trazê-la para mais perto de seus sonhos.

Teatro Ziembinski. Rua Urbano Duarte, s/nº, Tijuca. Qui. a sáb., 19h30. Dom., 19h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Rio Cultura. De 5 a 28 de setembro.

Procurando Araribóia

Com uma linguagem satírica, o espetáculo do grupo Teatro Meteco, que tem dramaturgia e direção de Matías Palma, resgata a história do controverso personagem histórico, aqui recontada a partir da perspectiva dos habitantes originários da Guanabara, em uma versão diferente da narrativa oficial do colonizador. A trama se passa no Brasil do século XVI e narra a jornada de vida de Araribóia, de indivíduo comum a líder de seu povo, enfrentando decisões difíceis em prol de sua sobrevivência e de suas ambições.

Teatro Glauce Rocha. Avenida Rio Branco, 179, Centro. Sex. e sáb., 19h. Dom, 18h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo Sympla. De 6 a 22 de setembro.

Shirley Valentine

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Susana Vieira: atriz traz o monólogo Shirley novamente ao Rio (Daniel Chiacos/Divulgação)

Susana Vieira volta a encenar o clássico de Willy Russell, que ganhou versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar. No monólogo, a protagonista é uma mulher casada e com dois filhos que se sente solitária. Ela questiona como a Shirley cheia vontade de viver deu lugar a uma mulher que se deixa levar pelo dia a dia. Cansada da indiferença da família, ela parte em uma viagem à Grécia, ao lado da melhor amiga, Wanda,  em uma jornada rumo à liberdade e em busca de seu verdadeiro eu.

Teatro Adolpho Bloch. Rua do Russel, 804, Glória. Sex, e sáb., 20h. Dom., 18h. R$ 65,00 a R$ 150,00. Ingressos pelo Sympla. De 6 a 22 de setembro.

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