Instalação sobre a Perimetral está em cartaz no Museu do Amanhã
Trabalho multimídia com imagens captadas sob o viaduto e por drones dá ao visitante a sensação de estar no local no momento das explosões
Construído em 1960, o viaduto da Perimetral sempre foi uma pedra no sapato do carioca. Pelo em termos estéticos: além de enfear a paisagem urbana, impedia a visão da Baía de Guanabara. A demolição, em 2014, pode ser considerada um marco histórico para o Rio, quase do porte das reformas promovidas pelo prefeito Pereira Passos no começo do século passado. Em cartaz até 13 de março, a instalação multimídia Perimetral inaugura o espaço de mostras temporárias do Museu do Amanhã com imagens da implosão do elevado captadas por mais de 20 câmeras, algumas delas instaladas sob o viaduto e outras em drones.
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Na sala escura, a imagens são projetadas sobre tecido leve, que cria o contraponto à violência das explosões. Efeitos sonoros ajudam a dar ao visitante a impressão de estar no local no momento das explosões. As imagens são exibidas em forma de mosaicos, sem preocupação com a ordem cronológica, o que torna a experiência ainda mais impactante. Para o artista plástico Vik Muniz, que assina a instalação ao lado do diretor Andrucha Waddington e do estúdio de design SuperUber, “’Perimetral’ é um exercício de consciência temporal, experiência destinada a afinar a sensibilidade do espectador para algo ao mesmo tempo previsível e inusitado”.
Museu do Amanhã: Praça Mauá 1, Centro. Terça a domingo, 1h às 19h. R4 10 (ingresso grátis às terças). Até 13 de março.