Heloisa Périssé, Elisa Lucinda, Simone Spoladore e mais peças em cartaz
Atrizes encenam a comédia A Iluminada, o poético Parem de Falar Mal da Rotina e o espetáculo de realismo fantástico O Tempo e a Sala, respectivamente
Bye Bye Bangu
A drag Suzy Brasil intepreta Consuelo, uma mulher recém-aposentada que resolve propõe a três amigas repetirem uma viagem que fizeram há 25 anos, quando ainda eram jovens e cheias de sonhos. Enquanto espera as amigas no aeroporto, ela recorda as histórias que viveram juntas e as brigas que tiveram, além de se meter em várias confusões rumo à viagem internacional.
Teatro Claro Rio. Rua Siqueira Campos, 143, Copacabana. Sáb., 21h. R$ 30,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Sympla. Única apresentação.
O Cachorro Que Se Recusou a Morrer
Passeando pelo drama e pela comédia, o espetáculo do ator e autor Samir Murad deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai, um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente pelo relacionamento sem amor dos pais, revelam uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos.
Teatro Municipal Café Pequeno. Av. Ataulfo de Paiva, 269, Leblon. Sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 20,00 a 40,00. Ingressos pelo Sympla. De 16 a 30 de abril.
Canto XXII, Uma Batalha Pela Memória
A peça busca aproximar o público jovem do teatro e dos livros clássicos A narradora, a atriz e diretora Luciana Zule, recita trechos da Ilíada, do grego Homero, que conta a batalha final entre o herói Aquiles e o guerreiro Heitor. Porém, nesta versão, que começou em Lisboa em 2018, a narrativa é entremeada pela história de uma das guerras pela independência do Brasil, na Ilha de Itaparica, na qual se destacou a ação de Maria Felipa e suas 40 companheiras. O texto e as traduções são de Geraldo Carneiro, em parceria com Luciana Zurle, e a supervisão artística é de Amir Haddad.
Centro Cultural Parque das Ruínas. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Dom., às 15h. Grátis. De 17 a 30 de abril.
Eu Capitu
Nesse texto inédito de Carla Faour, Ana se isola para fugir dos problemas: sua mãe está em um relacionamento abusivo com o marido. Isso se reflete nos estudos da pré-adolescente, que precisa tirar boas notas em Literatura para não repetir de ano. A prova final será em cima do romance Dom Casmurro, de Machado Assis. Em seu refúgio, Ana começa a misturar ficção com realidade e conhece uma mulher misteriosa, que tem o rosto parecido ao de sua mãe, mas, aos poucos, descobrimos que é Capitu, personagem da obra machadiana. A direção é de Miwa Yanagizawa.
Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qua. a sáb., 19h30. Dom., 18h. R$ 15,00 a R$ 30,00. Ingressos pelo site do CCBB. Até 7 de maio.
A Exceção e a Regra
Em comemoração por seus 30 anos de resistência, a Companhia Ensaio Aberto encena a obra de Bertolt Brecht, com direção de Luiz Fernando Lobo. Escrita nos Alemanha dos anos 30, enquanto o nazismo crescia de forma acentuada naquele país, a peça busca se comunicar com os trabalhadores, por meio da história de um comerciante que teme que seus dois funcionários se voltem contra ele.
Armazém da Utopia. Avenida Rodrigues Alves, Armazém 6, Santo Cristo. Sex. a ter., 20h. Grátis. É preciso retirar o ingresso pelo Sympla. De 14 de abril a 22 de maio.
A Iluminada
A atriz Heloísa Périssé realiza o primeiro espetáculo de sua personagem Tia Doro, que já havia aparecido em em esquetes e cenas curtas. Na comédia, Dorotéia das Dores, a Iluminada do título, viveu um histórico de bullying na escola, em relacionamentos e em várias situações ao longo de sua vida. Em uma animada palestra motivacional e quântica, em alusão aos Ted Talks, ela conta como transformou seus fracassos em sucessos.
Teatro XP. Jockey Club. Av. Bartolomeu Mitre 1110, Leblon. Sex. e sáb., 20h. Dom., 19h. R$ 40,00 a R$ 80,00. Ingressos pelo Sympla. Até 21 de maio.
Parem de Falar Mal da Rotina
Comemorando 20 anos em cartaz, com direto a uma nova edição do livro homônimo, o espetáculo solo une histórias vividas e ouvidas por Elisa Lucinda, além de poemas seus, em um elogio à rotina, buscando mostrar que nós temos o poder de mudar nossas vidas.
Sala Baden Powell. Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360. Sex. e sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 25,00 a R$ 50,00. Ingressos pelo Sympla. Únicas apresentações.
Sentença de vida
A montagem acompanha a jornada da médica infectologista Marcia Rachid, símbolo no tratamento da Aids/HIV no Brasil, tendo como base o seu livro homônimo. A ideia é entender as bases discriminação que inviabiliza vidas para ressignificar, por meio do humor, a forma como se lida com a doença. A estética queer perpassa o roteiro, que remete ao teatro de revista. A direção é de Gilberto Gawronski, que também divide o palco com Clarisse Derzié Luz e a drag queen Suzy Brasil.
Arena Carioca Fernando Torres. Rua Bernardino de Andrade, 200, Madureira. Sex., 19h. Arena Carioca Jovelina Pérola Negra. Praça Ênio, Pavuna. Qua., às 19h. Grátis. 14 anos. Única apresentação.
Solidão
Com texto de Estefano (que também atua) e direção de Cilene Guedes, o espetáculo inédito conta a história de dois irmãos, Caio e Guilherme, que ficam sozinhos, sem qualquer parente. Eles vivem seus momentos sem saber qual será o último, já que um deles está à beira da morte. Matheus Fontini completa o elenco.
Teatro Dulcina. Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro. Sex. e sáb., 19h. Dom., 18h. R$ 10,00 a 20,00. Ingressos pelo Sympla. De 14 a 30 de abril.
O Tempo e a Sala
O espetáculo do alemão Botho Strauss conta a história de Julius (Rodrigo Ferrarini) e Olaf (Daniel Warren), que vivem em um apartamento de onde observam a cidade. Eles atraem para lá Marie Steuber (Simone Spoladore), cujas memórias e dramas pessoais tomam conta do lugar. Utilizando a linguagem do de realismo fantástico, a peça aborda temas como a solidão, a reclusão e o medo em meio ao grande movimento das metrópoles. A direção é de Leandro Daniel.
Teatro Firjan Sesi Centro. Av. Graça Aranha, 1. Qui. e sex., 19h. Sáb. e dom., 18h. R$ 20,00 a R$ 40,00. Ingressos pelo Sympla.