Finca-pé: Estórias da Terra no CCBB e outras aberturas de exposições
Programação conta ainda com oito novas mostras no Paço Imperial e Nação Bate-Bola, de Andre Arruda, no Sesc Madureira

Águas da Amazônia
A mostra de Ana Luiza Varella é resultado de uma pesquisa da artista sobre os rios que atravessam a floresta amazônica e deságuam na costa brasileira. No ano da COP 30, o conjunto de trabalhos chama atenção para a importância da preservação ambiental. Com curadoria de Marcia Marschhausen, a exposição traz um jogo de cores e formas, gestos e camadas de tinta que remetem à exuberância do bioma. Em telas como Pororoca e O Grande Estrondo, a artista retrata o encontro das águas do rio Amazonas com as do oceano Atlântico.
Galeria de Arte Ibeu. Rua Maria Angélica, 168, Jardim Botânico. Seg. a qui., 13h/19h. Sex., 12h/18h. Grátis. De 13 de março a 30 de maio.
Fantástico Feminino: a Arte de Rosana Pereira
Terceira geração de tradicional família de ceramistas do povoado de Córrego Santo Antônio, em Minas Gerais, que são referência na arte popular do Vale do Jequitinhonha, Rosana Pereira se dedica desde a infância ao trabalho com o barro. Na mostra, a artista apresenta peças que fundem gente e bicho no mesmo corpo, de forma bem-humorada, retratando cenas românticas ou situações do dia a dia. Todos os trabalhos expostos estão à venda.
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular. Sala do Artista Popular. Abertura: Qui. (13), 17h. Visitação: Ter. a sáb., 10h/18h. Sáb., dom. e fer., 11h/17h. Grátis. De 14 de março a 18 de maio.
Finca-pé: Estórias da Terra
Um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros, Antonio Obá leva ao CCBB a exposição Finca-pé: Estórias da Terra, que reúne mais de cinquenta obras. Com curadoria de Fabiana Lopes, a exibição reúne desenhos, pintura, filme performance e instalação, com grande parte dessa produção ainda inédita no país. A mostra partiu da relação do artista brasiliense com o Cerrado e expressa o universo simbólico e material que atravessa a trajetória de Obá. São trabalhos que exploram relações de influência e contradições dentro da construção cultural do Brasil, tensionando a ideia de uma identidade nacional.
CCBB. Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Qua. a seg., 9h/20h. Grátis. Até 2 de junho.
In Limbo
A mostra da artista russa Katerina Kovaleva reúne instalações de grandes proporções dedicadas ao tema “espera”, algumas delas adaptadas ao Parque das Ruínas, antiga residência de Laurinda Santos Lobo (1878-1946), que reunia artistas e intelectuais no lugar. Entre elas, uma instalação confeccionada com tecido de paraquedas se inspirou na tradicional vestimenta das baianas. “O Limbo, o primeiro círculo do Inferno de Dante, não é um lugar de felicidade eterna, mas também não é um lugar de tormento eterno. O paraquedas neste projeto simboliza a imagem da esperança, a imagem de um céu ‘portátil’ que balança ao sabor do vento”, comenta Katerina.
Parque Glória Maria. Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa. Abertura: Qui. (13), 16h. Visitação: Ter. a dom., 9h/18h. Grátis. De 14 de março a 31 de maio.
Jardim de Verão
A coletiva reúne obras que passam pelo universo da botânica, dos trópicos, do calor e da libido, sob a curadoria de Bruno Castaing e Marcelo Rezende. São pinturas, esculturas, fotografias e instalações que prometem transformar o espaço expositivo em um jardim vibrante, onde folhas, flores, frutos e corpos se entrelaçam de maneira voluptuosa.
Fábrica Bhering. Rua Orestes 28, Santo Cristo/2° andar. Abertura: Sáb. (15), 14h/19h. Visitação: Qua. a sex., 12h30/17h. Sáb., 10h/18h. Grátis. De 16 a 29 de março.
Lugares na Pintura
A mostra individual apresenta 22 obras, entre telas a óleo e aquarelas, de Emeric Marcier (1916-1990). Romeno naturalizado brasileiro, Marcier viveu no Rio e em Barbacena (MG), e o cenário das cidades históricas mineiras teve grande influência sua produção, já que ele se dedicou, sobretudo, a retratar paisagens e temas religiosos, aliando o ideário do expressionismo europeu aos sentimentos do barroco mineiro. A curadoria da exposição é de Evandro Carneiro.
Galeria Evandro Carneiro Arte. Gávea Trade Center. Rua Marquês de São Vicente, 124. Seg. a sáb., 10h/19h. Grátis. Até 29 de março.
Minha Gente de Barro
A mostra da ceramista brasileira Pipsi Munk, radicada na Alemanha, apresenta 28 figuras de barro, cada qual um personagem com nome e história próprios que evocam um modo de ser e estar no mundo, além de objetos decorativos que combinam cerâmica com materiais diversos. A artista estará no Brasil especialmente para a inauguração.
Galeria do Espaço Cultural Municipal Sergio Porto. Rua Visconde de Silva, ao lado do número 292, Humaitá. Abertura: Qui. (13), 18h. Visitação: Qua. a dom., 16h/21h. De 14 de março a 6 de abril.
Nação Bate-Bola
A mostra é resultado do trabalho do artista visual Andre Arruda, que há mais de dez anos acompanha o universo dos bate-bolas, tradição nas periferias do Rio de Janeiro há quase cem anos. Com com curadoria de Isabel Portella, a exposição curta com 17 fotografias coloridas em grande formato e os curtas documentais Jairinho Madruga e Bate-Bola é Arte?, além de fantasias, máscaras e bandeiras das “turmas”, como são chamados os grupos desse movimento.
Sesc Madureira. Rua Ewbanck da Câmara, 90. Abertura: Dom. (23), 11h. Visitação: Ter. a sex., 10h/19h. Dom. e fer., 10h/16h. Grátis. De 23 de março a 22 de junho.
Paço Imperial
O espaço recebe oito novas mostras. Iole de Freitas apresenta Fazer o Ar, que reúne 25 trabalhos inéditos que exploram o volume e o ar, com curadoria do poeta Eucanaã Ferraz. Já Claudia Lyrio inaugura O Manuscrito, com curadoria de Marisa Flórido Cesar com cerca de setenta obras que entrelaçam escrita e pintura. Casa Própria, primeira individual da artista Ana Hortides em sua cidade natal, tem curadoria de Lucas Albuquerque e faz um panorama de sua produção ao longo de dez anos, incluindo obras inéditas que investigam a casa. O centro cultural recebe ainda Dias Depois, que comemora os trinta anos da dupla Manata Laudares (formada por Franz Manata e Saulo Laudares); a coletiva II Salão de Belezas; A Pintura com a Pintura, de Carlos Zilio; Tornar Visível, Tornar Invencível, de Márcia X; e Xilogravuras em Uma Coleção, de Roberto Magalhães.
Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro. Abertura: Sáb. (15), 15h. Visitação: Ter. a dom. e fer., 12h/18h. Grátis. De 16 de março a 11 de maio.
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