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Filho de Cabral relata drama familiar após prisão do pai

Em entrevista exclusiva à VEJA RIO Marco Antônio Cabral fala sobre os problemas familiares e a carreira política

Por Alessandra Medina
Atualizado em 21 fev 2017, 15h32 - Publicado em 18 fev 2017, 00h00
MARCO ANTONIO CABRAL
Marco Antônio Cabral: “Não me abato facilmente e encaro os problemas com firmeza” (Felipe Fittipaldi)

Filho do primeiro casamento do ex-governador Sergio Cabral, preso durante a Operação Lava-Jato no Complexo de Gericinó, em Bangu, Marco Antônio Cabral, de 25 anos, pediu exoneração da secretaria estadual de Esportes, que havia assumido em 2005. Com isso, voltou a ocupar o cargo de deputado federal em Brasília. O parlamentar conversou com VEJA RIO:

Você sempre declarou que admirava muito seu pai. Essa admiração diminuiu?

Não, nem um pouco. Ele sempre foi um pai maravilhoso e presente. No momento oportuno, terá a chance de falar com a sociedade. Eu não posso falar ainda. Mas acho que continua sendo o governador que mais realizou pelo estado, unindo todas as esferas: municipal, estadual e federal. Também foi o governador que mais entregou obras e serviços.

Você pediu exoneração do secretariado do Pezão. Isso foi uma tentativa de se afastar do que está acontecendo no Rio?
Já queria voltar para Brasília para ganhar experiência. O cargo na secretaria me consumia muito, tinha de trabalhar nos fins de semana e hoje tenho outras prioridades. Sábado é dia de visitar meu pai. No domingo fico com meus irmãos menores, filhos da Adriana. Em Brasília, trabalho terça, quarta e quinta. Nos outros dias aproveito para conversar com os advogados do meu pai. Estou à frente de tudo agora.

Não é um fardo muito grande para alguém de 25 anos?

Se esse foi o destino que Deus quis, vamos lá. A minha mãe consultou um guru, e ele disse que tenho a alma velha. Acho que ele tem razão. Não me abato facilmente e encaro os problemas com firmeza.

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Como estão seus irmãos menores?

Chateados, claro, mas tentando levar uma vida normal, indo à escola. Fui às reuniões e pedi às professoras e às mães uma atenção especial a eles. Até hoje não sofreram bullying. Eu estudei no Santo Inácio e, por ser filho de governador, sofri bastante. Imagine hoje como seria.

Eles sabem o que aconteceu?

Sabem de tudo. Com a internet, é impossível não saber. Eles viram até onde nosso pai está dormindo. Contratei um psicólogo para ajudar, mas eles não fazem muitas perguntas. Só querem saber quando a mãe vai voltar. Digo que será já, já. Vou responder o quê?

O empresário Francisco de Assis Neto, o Kiko, disse que os mais de 7 milhões que recebeu em dinheiro vivo foram para sua campanha. O que você tem a dizer sobre isso?

Na minha campanha, eu só pensava em conquistar votos. Ficava de segunda a segunda na rua, cumprindo agenda. Nunca participei, nem antes, nem depois, de nenhuma reunião sobre assuntos financeiros.

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Você acredita que esse escândalo vai prejudicar sua carreira política?
Confio muito no meu trabalho e não devo nada a ninguém. Em 2018, vou me candidatar a deputado federal de novo.

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